O endividamento caiu pela primeira vez desde fevereiro deste ano. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (1) pela CNC, Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. E faz parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor. A proporção de famílias que relataram ter dívidas a vencer diminuiu 0,3 ponto percentual na comparação com junho ficando em 78,5% em julho. No entanto, o indicador ainda está acima do registrado em julho do ano passado, quando o endividamento era de 78,1%.
O cartão de crédito é a principal modalidade de dívida, utilizado por 86% do total de devedores. O maior crescimento foi o do financiamento imobiliário, com incremento de 1,4 ponto percentual no ano, resultado do mercado de crédito com juros mais acessíveis.
A queda do endividamento geral foi influenciada pelas mulheres, enquanto os homens mantiveram suas dívidas estáveis.
Aumentou também o percentual de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias em relação ao mês anterior, chegando a 47,9% do total de endividados em julho deste ano, o maior desde novembro de 2023. Um incremento de 0,3 ponto percentual.
Projeções da CNC revelam que o endividamento deve cair mais nos próximos dois meses, para voltar a subir na reta final do ano. Em dezembro, a taxa deve ficar em 78,4%. Já a inadimplência tende a aumentar gradativamente até atingir 29,5% no fim do ano.
Com as enchentes enfrentadas pelo Rio Grande do Sul, as famílias gaúchas continuaram precisando se endividar mais para ajustar seus orçamentos, alcançando o maior nível de endividamento desde outubro de 2023, aos 91,2%.
Fonte: Agência Brasil