Sabe aquela brincadeira bacana de empinar pipa, que muitos garotos e garotas aprendem com o pai ou o irmão mais velho? Pois é, mas enquanto uns usam a pipa para se divertir, outros provocam acidentes, até fatais. Desde que alguns espertinhos inventaram de passar cerol, que é vidro moído com cola para cortar a linha das outras pipas, muita gente já perdeu a vida ou foi parar no hospital.
Em São Paulo, de janeiro a maio deste ano, os atendimentos provocados por esses acidentes aumentaram em quase 140% nos ambulatórios do estado. Foram mais de 1.300, casos de cortes profundos com linha de pipa, afetando principalmente motociclistas, ciclistas e pedestres, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde.
Os motociclistas são as principais vítimas do cerol. Normalmente, têm cortes no pescoço, que causam hemorragias que levam à morte. Outro perigo, principalmente para crianças, é tentar puxar uma pipa com a linha enroscada na rede elétrica. Neste caso, o risco é de queimadura elétrica. Isso porque também é usada a linha chilena, espécie de cerol com elementos metálicos na mistura.
As linhas cortantes estão proibidas em São Paulo, por lei estadual de 2019. E um projeto deste ano, que limita o uso do cerol a competições, tramita no Senado Federal.
Fonte: Agência Brasil