De acordo com o dito popular, quem não gosta de samba é ruim da cabeça ou doente do pé... Pois, a história do samba está sendo contada para estudantes de seis escolas públicas municipais do Rio de Janeiro. Eles vão conhecer os grandes sambistas e suas obras, as origens africanas da cultura do samba e a formação das agremiações carnavalescas. A novidade faz parte da exposição itinerante Samba Nego Miudinho, do Museu do Samba, que está montada na Escola Municipal Jackson Figueiredo, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade do Rio.
O projeto foi criado para estimular a educação antirracista, como explica Nilcemar Nogueira, fundadora do Museu do Samba e coordenadora da iniciativa.
"O principal objetivo deste projeto é estimular a educação antirracista nas escolas. De um lado, estimulando o corpo pedagógico da escola a trabalhar esta temática, que a gente sabe que os alunos, na sua maioria, é formado por negros, por crianças negras"
Entre os itens apresentados na mostra estão pinturas, objetos, fantasias e adereços. A expectativa é que cerca de dois mil alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental acompanhem o projeto. Nilcemar ressalta que a escolha das escolas seguiu critérios.
"Na seleção o critério de prioridade era nas escolas que estivessem próximas as favelas, as comunidades que tivessem dificuldade de acesso à cultura".
A iniciativa segue a lei 10639, que determina o ensino da cultura afro-brasileira nas escolas. Nilcemar ressalta a importância da difusão dessa cultura.
"Isso é muito importante para o fortalecimento dos corpos negros que constituem a maioria do povo brasileiro".
O Museu do Samba é Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro e atua para promover a valorização, difusão e preservação do samba e dos sambistas.
O acervo, de mais de 45 mil itens, é o maior do Brasil especializado no gênero.
Fonte: Agência Brasil
