O samba está de luto! Morreu, na noite desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, aos 77 anos, a carnavalesca Rosa Magalhães, deixando uma legião de amigos e admiradores. A morte da carnavalesca repercutiu no mundo do samba.
Emocionado, Alexandre Louzada, carnavalesco da Unidos de Padre Miguel, afirma que o trabalho de Rosa Magalhães ajudou a descortinar a história de um povo.
O olhar atento e crítico da carnavalesca se transformava em arte das boas, avalia o pesquisador, jornalista e amigo, Fábio Fabato.
Professora, artista plástica, figurinista, Rosa era a carnavalesca com mais títulos de campeã no Sambódromo do Rio, principalmente a frente do desfile da verde e branco de Ramos, a Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense. Entre suas muitas condecorações, está um prêmio Emmy, um dos mais importante da TV, na categoria figurino, pelo trabalho na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. Rosa Magalhães também foi responsável pela cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.
O prefeito do Rio prestou homenagem à artista e disse: "Perdemos uma das mentes mais brilhantes da nossa maior manifestação cultural.
O governado do Rio também fez uma homenagem à carnavalesca e disse: "O mundo do samba perdeu uma das maiores personalidades do Carnaval carioca. É e sempre será referência para todos os amantes do samba".
Leandro Vieira, carnavalesco da Imperatriz Leopoldinense, escola que foi campeã cinco vezes com Rosa, escreveu que a artista vive, e viverá, em cada carnavalesco que insistir em fazer Carnaval.
A entrada de Rosa no mundo do samba aconteceu em 1970, como assistente de Fernando Pamplona, no Salgueiro, quando conquistou seu primeiro título, em 1971.
Em 1982, durante uma entrevista ao programa Delas, com apresentação da jornalista Jalusa Barcello, Rosa Magalhães definiu a alegria de ser campeã do Carnaval.
Rosa também trabalhou como professora da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio, e como como cenógrafa, em novelas e séries de TV.
Fonte: Agência Brasil