O Brasil registra, em média, três mortes de crianças e adolescentes por afogamento todos os dias. A informação foi divulgada pela Sociedade Brasileira de Pediatria, que analisou os registros de óbitos entre 2021 e 2022: foram duas mil e quinhentas vítimas desse tipo de acidente.
O número acende um sinal de alerta, uma vez que esse tipo de fatalidade é completamente evitável, mas continua a ocorrer de forma frequente. As crianças de um a quatro anos de idade foram as principais vítimas, com o registro de 943 mortes. Em seguida, estão 860 óbitos de adolescentes de 15 a 19 anos.
A maior parte dos acidentes acontece em casa e em outros locais conhecidos, afirma a pediatra Luci Pfeiffer, presidente do Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento às Causas Externas na Infância e Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Para prevenir os afogamentos, a pediatra diz que é necessário proibir a livre entrada de crianças pequenas em cozinhas, banheiros e áreas de serviço, além de evitar deixar recipientes com água.
Além disso, outra recomendação importante é evitar boias de braço, circulares ou brinquedos flutuantes, pois a única proteção reconhecida na prevenção dos afogamentos é o uso de colete salva-vidas, com certificado do Inmetro e reconhecimento pela Marinha Brasileira. Dentro da água, a pediatra Luci Pfeiffer indica que a criança de 3 a 4 anos deve estar a uma distância de um braço do adulto cuidador; para crianças de dois anos ou menos, elas devem estar junto do adulto.
Segundo o levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria, o estado que apresenta o maior número de registros de mortes por afogamento no período analisado é São Paulo, seguido da Bahia, Pará, Minas Gerais, Amazonas e Paraná.
Fonte: Agência Brasil