Outra cooperativa que estaria atuando da mesma maneira que a Moderniza em Alagoas, que foi alvo da Operação Maligno, já está na mira do Ministério Público Estadual. Sem poder entrar em detalhes, o promotor de Justiça Frederico Alves conta que os trabalhos já foram iniciados. Ele também conta que o grupo criminoso alvo da Operação Maligno operava não só a Moderniza, mas pelo menos mais quatro cooperativas, com o mesmo modus operandi.
Até o momento, foram descobertos contratos estabelecidos com os municípios de Cajueiro, Quebrangulo, Porto de Pedras, Feira Grande, Pindoba, Carneiros, Olho d"Água das Flores, Mar Vermelho, Porto Real do Colégio, Pão de Açúcar, Estrela de Alagoas, Tanque d"Arca, Porto Calvo, Taquarana, Poço das Trincheiras, São Luís do Quitunde, Limoeiro de Anadia, Senador Rui Palmeira, Chã Preta e Flexeiras, mas esse quantitativo pode ser bem maior.
"Se brincar, quase a totalidade dos municípios estão nesse esquema de falsas cooperativas. O nosso núcleo de inteligência descobriu os contratos com vinte municípios, com base na análise dos extratos bancários, mas esse número pode ser muito maior", diz.
Ele ressalta ainda que muitos municípios não colocam o contrato com cooperativas no Portal da Transparência e, quando colocam, deixam de forma oculta, dificultosa, e dificilmente temos acesso às listas de pessoas. "E é para isso que servem essas cooperativas. Para colocar apadrinhados políticos, pois ninguém vai saber. É uma farra gigante com o dinheiro público, mas não vamos nos furtar. A segunda fase da Operação Maligno vai existir, vamos fazer o nosso trabalho, mas se vai terminar em pizza, só Deus sabe", diz o promotor Frederico Alves.