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Polícia

Jovens foram mortas em chacina como "queima de arquivo", diz delegado

Crime ocorreu após o acusado sair com as vítimas para o centro da cidade; quatro corpos foram encontrados em um poço

Regivaldo está preso e deve responder pode responder por vários crimes. Cortesia
Regivaldo está preso e deve responder pode responder por vários crimes. Cortesia

A Delegacia de Homicídios de Arapiraca concluiu as investigações sobre a chacina que deixou quatro jovens mortos, em abril deste ano, na zona rural da cidade do Agreste. Segundo o delegado Everton Gonçalves, "a morte das duas mulheres seu deu para fins de queima de arquivo, ou seja, para se livrar das testemunhas".

No dia do crime, o empresário Regivaldo da Silva Santana - suspeito da chacina - teria saído com as duas mulheres para o centro da cidade, sacaram dinheiro em uma agência bancaria, compraram comida e retornaram à chácara, local onde o crime aconteceu e os corpos foram encontrados dentro de um poço.

O chefe da Delegacia de Homicídios de Arapiraca, delegado Everton Gonçalves, detalhou que, nesse momento, os dois homens do grupo chegaram ao local. Um deles, o Lucas, iniciou uma discussão com o acusado. Ele era esposo de uma das vítimas e irmão da outra.

"Aparentemente, Lucas não teria gostado da sua esposa ter saído com o empresário e vindo até o centro da cidade. Isso desencadeou uma desavença, um problema entre as pessoas envolvidas. Por esse motivo, se acredita que Regivaldo acabou assassinando o Lucas e, posteriormente, a outra vítima - identificada como Erick", disse Gonçalves.

Será solicitada a manutenção da prisão do acusado, autor confesso dos quatro assassinatos, e a revogação da prisão dos dois que participaram da ocultação dos cadáveres. O caso foi concluído.

Também não foram encontradas irregularidades nas armas de fogo do suspeito e, sim, em apenas um acessório localizado na chácara dele. Ele foi indiciado pelos quatro homicídios, crime ambiental e contra o Sistema Nacional de Armas.

Segundo o delegado, somente um indivíduo executou as vítimas: Regivaldo, que foi preso quando os corpos foram localizados.

"As outras duas pessoas presas no dia seguinte, em Sergipe, participaram da ocultação dos corpos, não possuindo envolvimento direto na morte das vítimas. Isso ficou comprovado durante as investigações", informou Gonçalves.

O empresário alegou ter agido em legítima defesa, pois um dos rapazes portava uma arma de fogo e teria efetuado um disparo. Então, o suspeito teria reagido, executado o primeiro e, posteriormente, o segundo, com tiros na cabeça.

O suspeito disse ainda que uma das mulheres teria ido até a cozinha, se armado com uma faca e partido para cima dele, momento em que teria assassinado a terceira pessoa. A quarta menina morta teria agredido o empresário, que se desvencilhou e a assassinou.

O delegado ressaltou que é importante destacar que essa versão apresentada pelo suspeito não encontra respaldo dentro dos elementos coletados durante a investigação, já os dois presos em Sergipe contaram que o crime se tratou de uma verdadeira execução. Os dois jovens estavam rendidos por Regivaldo, que portava uma arma de fogo e teria executado friamente os quatro.

As vítimas são os irmãos Letícia da Silva Santos, de 20 anos, e Lucas da Silva Santos, de 15 anos; além de Joselene de Souza Santos, 17 anos e Erick Juan de Lima Silva, 20 anos. O autor dos disparos foi identificado como Regivaldo da Silva Santana.

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