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Polícia

O que se sabe sobre o caso da criança com deficiência que teve ossos fraturados pelo padrasto


Reprodução/TV Pajuçara

O espancamento de uma criança de apenas quatro anos, em Palmeira dos Índios (AL), chocou a população pela brutalidade e a frieza com que o crime foi cometido. O menino fraturou o fêmur e algumas costelas após ser agredido pelo padrasto. O homem foi preso após se entregar à polícia nessa terça-feira (7).

Segundo informações da polícia, a criança foi resgatada e internada em uma Unidade de Pronto Atendimento do município. Devido à gravidade do estado de saúde, o menino precisou ser encaminhado para o Hospital de Emergência de Arapiraca para passar por cirurgia.

Entenda o que se sabe sobre o caso a partir dos seguintes pontos:

Quem era a criança

A vítima de iniciais B.A.S.S. tem quatro anos e é enteada do agressor. O TNH1 teve acesso aos documentos do processo, que mostram que a criança tem diagnóstico de retardo mental. Após o procedimento cirúrgico, B.A.S.S. segue internado e acompanhado pelo avô paterno. A reportagem não teve acesso ao quadro de saúde e não sabe se há previsão de alta.

O pai e a avó paterna da criança moram em São Paulo.

Padrasto fugiu após espancamento do menor

No primeiro depoimento dado à polícia, o padrasto contou não se lembrar dos acontecimentos do dia 27 de abril. Questionado instantes depois, ele confessou que jogou o menino na cama e que teria colocado o fêmur dele no lugar após a contusão. Após isso, o agressor disse que se virou na cama e foi dormir.

Outros detalhes como o que teria motivado o espancamento e como aconteceu, de fato, a agressão não foram revelados. Segundo o relato do suspeito, ele não se lembra porque estaria sob o efeito de drogas.

(Crédito: Arquivo pessoal)

Após o crime, o homem fugiu. Testemunhas relatam que viram o momento em que ele pula o muro nos fundos da casa onde mora.

Um mandado de prisão foi expedido pela 4ª vara de Palmeira dos Índios e ele se entregou à polícia no Centro Integrado de Segurança Pública em Cacimbinhas.

"Assim que o suspeito chegou no Cisp, comunicamos o fato ao Edberg Sobral, delegado regional responsável pela região de Palmeira dos Índios, e ao diretor de área, o doutor Alexandre Leite, que determinou que fosse cumprido o mandado de prisão. Foram feitos os procedimentos e o suspeito foi encaminhado a cidade de Palmeira dos Índios, onde ficará à disposição da Justiça" (delegado Tácio Silva, chefe de operações de Cacimbinhas)

Mãe da criança tentou acobertar a agressão e segue presa

De acordo com informações do programa Cidade AL, da TV Pajuçara, a polícia teria batido na porta da casa da família após denúncias e a mãe da criança teria negado o ocorrido, levando o menor para a casa de uma vizinha logo após. Na manhã do dia 27 de abril, o Conselho Tutelar foi até o local e acionou a Polícia Militar. A mulher foi presa em flagrante às 8h daquele dia.

Após a audiência de custódia, no dia 28 de abril, a Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva. De acordo com o documento, a justificativa se deu pela comprovação da materialidade - através de fotos dos ferimentos e do relatório médico - além do relato de uma testemunha, que revelou que bateu na porta e a mãe teria dito que a criança estaria dormindo.

Pedido da perda da guarda da criança

O promotor da 1ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude, Luiz Alberto Holanda, entrou no caso e pediu que a mãe perca a guarda da criança.

Assim que o menor receber alta do hospital, deve ir para um abrigo enquanto a família do avô estará no processo da guarda.

Quais crimes eles devem responder?

O Ministério Público de Alagoas entrou com uma ação contra a mãe e o padrasto do menino de quatro anos na última quinta-feira (2). Eles respondem pelos crimes de lesão corporal de natureza grave e de maus-tratos, agravados pela motivação de ter sido cometido contra uma criança - sendo esta o próprio filho.

A Defensoria Pública chegou a entrar com um habeas corpus com pedido de liminar, indeferido pela Justiça no dia 2 de maio.

O que falta esclarecer

Um dos pontos a ser esclarecido é a motivação do crime. Até o momento, não foram divulgadas as razões pelo cometimento do espancamento pelo padrasto e do acobertamento da mãe.

Além disso, também não foi revelado se a situação foi a primeira sofrida pelo menor no ambiente familiar. A Polícia Civil deve continuar investigando o caso.

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