Às vésperas de anunciar uma linha de crédito e regras para a suspensão da dívida do Rio Grande do Sul, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou: essa medida será emergencial e não vai inviabilizar as tratativas sobre dívidas de outros estados. A ideia é criar um regramento para situações de calamidade.
E, no caso da renegociação das dívidas para as localidades não atingidas por eventos climáticos no momento, como São Paulo, Rio e Minas, o que falta é discutir a contrapartida. A proposta do governo é para que os estados devedores invistam em matrículas do ensino médio técnico em troca da redução dos juros da dívida. O assunto deverá ser tema de reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Encontro que poderá ocorrer ainda nesta quarta ou quinta-feira.
Outro ponto do encontro dos dois deverá ser a reoneração da folha de pagamentos, suspensa desde o final de abril, por determinação do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal. Fernando Haddad foi claro: a proposta feita pelos setores afetados está em consonância com o que o governo entende como pacificação. Deverá ser uma reoneração gradual. Falta, apenas, bater o martelo.
E ainda dentro das medidas de apoio ao Rio Grande do Sul, Haddad disse que a determinação do presidente Lula é para que até sexta-feira os ministérios encaminhem os planos de trabalho com ações para a reconstrução das cidades atingidas e mitigação dos efeitos para todo o país. Entre elas, está a proposta um Plano Safra diversificado, para que determinada cultura não fique concentrada numa localidade só, como é o caso do arroz, que tem 80% de sua produção brasileira concentrada no Rio Grande do Sul. Fato que fez, inclusive, com que o Brasil anunciasse a importação de um milhão de toneladas do produto.
Fonte: Agência Brasil