Diante da devastação histórica provocada pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul, o governo federal instalou um centro para coordenar as ações junto com o estado, na cidade de Santa Maria. É o que anunciou, nesta quinta-feira (2), o Presidente Lula.
"Vai ter agora o reforço do Volnei, que vai fazer parte de um comando proposto pelo (ministro) Rui Costa, aqui nessa base militar, pra que a gente possa ter apenas um ponto de informação. Então, nos vamos ter um comando aqui, junto com o comando do governador. A gente vai, então, tomar conta disso, com muito carinho, com muito respeito, pra que as coisas possam acontecer".
A declaração foi dada após uma reunião entre o governo do Rio Grande do Sul e a comitiva do presidente. Lula foi recebido em Santa Maria, região central do estado, pelo governador Eduardo Leite, para um sobrevoo pela cidade, que não aconteceu, devido às intensas chuvas no estado. Após o encontro, o presidente prestou solidariedade à população gaúcha e disse que, pessoalmente, ora pelo fim das chuvas.
Ao lado de Lula, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, explicou como vai atuar a chamada sala de situação.
"A sala de situação, a gente trabalhe concomitante, ajuda humanitária, o resgate e restabelecimento naquilo que às vezes já facilita a ajuda humanitária.
Durante o encontro, a prioridade de todos os presentes foi a mesma: salvar vidas e, só depois, calcular os prejuízos. Para isso, será preciso dinheiro e apoio. O presidente Lula antecipou que, para tanto, não medirá esforços.
"No primeiro momento a gente só tem que salvar vidas. A gente só tem que cuidar das pessoas. No segundo momento a gente vai fazer a avaliação dos danos e, a partir daí, começar a pensar como encontrar o dinheiro pra que a gente possa reparar esses danos. Não faltará, da parte do governo federal, ajuda para cuidar da saúde. Tudo que estiver ao alcance do governo federal a gente vai dedicar 24 horas de esforço, para que a gente possa atender as necessidades básicas do povo que está isolado por causa das chuvas".
Na quarta-feira, Eduardo Leite decretou estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul e suspendeu as aulas nas escolas estaduais até o fim de semana.
Desde o início das intensas chuvas, há cerca de uma semana, mais de 44 mil moradores de pouco mais de 130 cidades já foram afetados. Com isso, mais de cinco mil pessoas estão desalojadas – tiveram que ir para casa de parentes e conhecidos - e mais de três mil foram encaminhadas para abrigos públicos.
No Vale do Taquari, o nível do rio de mesmo nome passou os 30 metros, o maior registro já feito há 150 anos. Por isso, a Defesa Civil gaúcha orienta a população a deixar a área de risco nas cidades do Vale.
Nas localidades afetadas, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu, nesta quinta, prorrogar em 15 dias o prazo final para o fechamento do cadastro eleitoral, se necessário.
E no próximo domingo serão realizadas as provas do Concurso Nacional Unificado, em todo o país. Mas o Rio Grande do Sul, ou as cidades afetadas, podem ter o exame suspenso, o que vai depender das condições climáticas. A organização do certame informou que acompanha a situação no Estado e que qualquer mudança logística sobre a aplicação das provas será comunicada.
Importante lembrar à população gaúcha que, para receber os alertas da Defesa Civil do estado, basta enviar o CEP de onde mora, por mensagem de SMS, para o número 40199, e aguardar a confirmação. A partir daí, os alertas serão enviados.
Fonte: Agência Brasil
