Após reunião na última sexta-feira (26), com gestores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o reitor Josealdo Tonholo suspendeu, ad referendum do Conselho Universitário (Consuni), o cronograma do calendário acadêmico do ano letivo de 2024 em todos os campi e unidades de ensino. Também estão suspensos os prazos e procedimentos previstos na Resolução nº 73/2023, até que haja nova deliberação.
A Resolução Nº 49/2024-Consuni/Ufal foi publicada no último sábado (27) e atende à solicitação do movimento grevista, que já afeta a oferta regular de atividades acadêmicas, particularmente as de ensino. Na próxima semana, na terça-feira (7), esse documento será discutido durante a reunião ordinária do Conselho Universitário.
O reitor destaca que a decisão ad referendumfoi necessária para não prejudicar alunos e alunas, uma vez que a greve afeta o fluxo normal do calendário acadêmico.
"A greve dos técnicos começou em 20 de março e a dos docentes se inicia nesta segunda (29) e todo esse movimento afeta as condições de funcionamento da Ufal e o desenvolvimento dos serviços prestados à comunidade", disse Tonholo, ao se solidarizar e apoiar as reivindicações das categorias de técnicos e docentes não só da Ufal, mas em âmbito nacional.
O comando local de greve, liderado pela Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), também participou da reunião com o reitor, a vice-reitora Eliane Cavalcanti e demais gestores da Universidade.
Na ocasião, o presidente da Adufal, professor Jailton Lira, e a professora Sandra Lira, também dirigente da entidade, fizeram um relato sobre a deliberação da greve. Os dois integram o comando nacional do movimento, que já conta com 34 instituições paralisadas.
Os diretores e as diretoras das unidades acadêmicas e campi fora de sede da Ufal também declararam apoio à greve, mas pediram que sejam tomadas decisões em relação à definição do que pode ser considerada atividade essencial durante o período de paralisação.
Para isso, está agendada para amanhã, 30 de abril, às 9h, uma reunião do comando de greve com representantes da gestão da Ufal, as direções de unidades e campi, além de coordenadores e coordenadoras dos cursos de graduação.
No início de março deste ano, o Consuni também aprovou moção de apoio à greve de servidoras e servidores técnico-administrativos das universidades federais, que reivindicam, entre outros pontos, a reestruturação do atual Plano de Cargos e Carreira.