Gustavo Scheffer conta que o sindicato recusou a proposta do governo de reajuste de 4,5% no ano que vem e também em 2026. Mas sem reajuste para 2024. Na semana passada, a ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, explicou que, no ano passado, o governo concedeu reajuste de 9% para todos os servidores federais. Segundo ela, isso impactou no orçamento de 2024, o que impede o aumento. No entanto, Dweck afirmou que o governo estuda uma contraproposta para os docentes, já que a primeira foi recusada."Esperamos - haja vista que o governo recuou e não mais colocou na sua proposta de acordo nem mesmo a tímida proposta de recomposição que vinha sinalizando desde o fim ano passado - que tenhamos uma significativa valorização dos servidores e servidoras da educação com uma resposta às discussões acerca da reorganização de nossas carreiras".
De acordo com o Andes, os docentes cruzaram os braços, por tempo indeterminado, em busca de "recomposição salarial e do orçamento das instituições federais". Também defendem a "reestruturação da carreira, a exoneração de interventores nas universidades e a anulação de regras e normas do governo passado, que afetam a educação pública, na avaliação da entidade.
Das 24 instituições federais em greve, 18 são universidades. Entre as que vão aderir, a partir da semana que vem, estão as Universidades Federais de Roraima, Campina Grande, Sergipe e Uberlândia.
O Andes instalou o Comando Nacional de Greve e parte dos grevistas estão em Brasília, onde se mobilizam em atos e eventos previstos. Nesta terça-feira, participam de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, sobre a Greve na Educação Federal. Nesta quarta, participam da Caravana e Marcha, em Brasília.
Fonte: Agência Brasil