Foram 277 votos favoráveis a manutenção da prisão e 129 contrários.
O parecer do deputado Darci de Matos, do PSD de Santa Catarina, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça também nesta quarta-feira, concordou com os argumentos do STF para a prisão preventiva, decretada por obstrução à justiça. Matos comemorou a decisão.O advogado de Chiquinho Brazão, Cleber Lopes, defendeu a inocência do parlamentar que está preso.
Representantes de partidos de esquerda defenderam que a prisão fosse mantida, apontando o risco de que a soltura de Brazão pudesse interferir no andamento do processo.
Para a deputada Talíria Petrone, do PSOL do Rio, a decisão é uma resposta ao país.
Já deputados de direita reclamaram que a prisão poderia contrariar a Constituição, que prevê a prisão de parlamentares apenas em flagrante de crime inafiançável. O deputado Cabo Gilbeto Silva, do PL da Paraíba, ainda defendeu que a decisão do plenário foi equivocada.
O deputado Chiquinho Brazão ainda vai responder no Conselho de Ética da Câmara. O órgão abriu processo por quebra de decoro nesta quarta-feira, cabendo ao presidente do Conselho, o deputado Leur Lomanto, do União Brasil da Bahia, fazer a indicação.
O deputado Chiquinho Brazão foi preso no dia 24 de março, junto com o irmão, Domingos Brazão, membro do Tribunal de Contas do estado do Rio de Janeiro.
A Polícia Federal apontou que o motivo do crime seria a ameaça que a ex-vereadora Marielle representava aos interesses da família Brazão em loteamentos ilegais em áreas comandadas por milícias no Rio.
Fonte: Agência Brasil