No mês que completa 60 anos do golpe a Rádio MEC preparou o especial "Resistência da Cultura na Ditadura", que conta como a Música Popular Brasileira, o Samba, o Soul, o cinema e o teatro resistiram a censura e as perseguições. Nesta segunda reportagem você vai saber como os sambistas driblavam o regime militar, e a crítica se concentrava em temas como pobreza e desigualdade. A resistência estava no samba!
"Essa brisa que a juventude afaga
Esta chama que o ódio não apaga
Pelo universo é a evolução
Em sua legítima razão"
Este trecho do samba Heróis da Liberdade, da Império Serrano de 1974, foi censurado pela ditadura empresarial-militar. Originalmente, o último verso falava em "revolução em sua legítima razão", mas no final trocou-se a palavra "revolução" por "evolução", sem dúvida um termo mais palatável ao regime
Historiador e compositor de samba enredo, Fernando Diniz pontua que em ocasiões assim os sambistas driblavam o regime por meio da malandragem. Diniz afirma que as escolas de samba como instituições muito pouco fizeram para driblar a ditadura, isto era feito pelos compositores e sambistas (as pessoas físicas).
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* O especial conta com a colaboração de Beatriz Arcoverde, da Radioagência Nacional.
Fonte: Agência Brasil