Essa homenagem foi instituída em 1802, por Napoleão Bonaparte, pelos méritos militares e civis à nação francesa.
Macron enalteceu a trajetória de Raoni como liderança internacional na defesa das florestas e do meio ambiente. "Porque hoje vocês estão aqui, vários caciques, chefes e responsáveis com essa legitimidade e esse saber, e continuam lutando todos esses anos. E porque você Raoni foi o líder desse combate e levou muito mais longe de maneira mais firme que muitos outros. Você é um cacique cuja idade já não conta. A sua energia é cada vez mais forte".O cacique Raoni aproveitou o encontro para cobrar recursos para a Funai. "Presidente Lula, me escute. Eu subi com você na rampa. Eu quero pedir que vocês não aprovem o projeto de construção de rodovia Sinop a Miritituba, mais conhecida como Ferrogrão. Então, presidente, eu quero pedir novamente que você trabalhe para que não haja mais desmatamento e que também você precisa demarcar terras indígenas para as comunidades indígenas que não tem terra ainda".
Já o presidente Lula reafirmou o compromisso com as demarcações de terras indígenas. "E nós queremos convencer o mundo de que o mundo que já desmatou tem que contribuir de forma muito importante para que os países que ainda têm floresta mantenham suas florestas em pé. Nós vamos continuar fazendo isso porque é um compromisso nosso. Eu acho que os companheiros indígenas vão continuar brigando, vão continuar reivindicando. Nós vamos continuar atendendo".
Lula disse ainda que vai defender que Raoni seja escolhido para o prêmio Nobel da Paz.
Em sua primeira visita oficial ao Brasil, o presidente da França esteve em Belém, capital do Pará.
Nos próximos dias, Macron e Lula têm uma série de reuniões bilaterais sobre o tema do meio ambiente, defesa e reforma dos organismos internacionais. Macron visitará ainda o Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.
Fonte: Agência Brasil