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Alagoas

"Há condições de ter um novo fenômeno", diz meteorologista após tornado em Alagoas

Reprodução/Vídeo
Reprodução/Vídeo

O tornado que assustou moradores do município de Estrela de Alagoas nessa quinta-feira (22) pode não ter sido um fenômeno isolado. A meteorologista Fernanda Liz, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh-AL), disse, em entrevista ao programa Balanço Geral Alagoas, da TV Pajuçara/Record, nesta sexta (23), que ainda há condições atmosféricas que podem levar a um novo tornado, porém que é pouco provável devido ao histórico de casos como esse no estado.

"Ainda está em condições de ter um novo fenômeno desse, mas é pouco provável. Como não há muitos registros no estado de Alagoas é pouco provável que volte a acontecer. Mas a atmosfera ainda está com condições favoráveis a ele", disse ela ao repórter Leandro Santiago.

Fernanda Liz destacou também que as regiões mais propícias para acontecer o fenômeno continuam sendo Agreste, Sertão e Sertão do São Francisco, regiões cuja a Semarh-AL já havia emitido um aviso meteorológico para instabilidade do tempo com pancadas de chuva desde a última terça-feira (20).

"As regiões mais propícias são do Sertão e do Sertão do São Francisco, como também parte do Agreste, principalmente na transição Agreste/Sertão, que foi onde ocorreu o fenômeno de ontem. É pouco provável em Maceió e na região metropolitana, até porque o oceano funciona como termoregulador, então não esperamos no Litoral", destacou.

Por meio de nota, a Semarh-AL explicou que o tornado foi um fenômeno de pequena escala e incomum em Alagoas. O órgão salientou que ele foi caracterizado pela mudança na direção do vento e um aumento da velocidade com a altura, que criou uma tendência de rotação horizontal na baixa atmosfera. A mudança favoreceu o aumento da velocidade do vento.

Ainda segundo a Semarh-AL, além desse cisalhamento do vento, foi possível observar através de imagens de satélite um escoamento de leste com o ar mais quente e úmido e outro de sul com um ar mais frio e seco nas bordas de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), que está posicionado sobre o oceano, e que tem provocado o aumento da instabilidade sobre o estado de Alagoas.

O tornado que atingiu o município foi de pequena proporção, caracterizado na escala Fujita, a escala que mede a intensidade dos tornados como F0, onde as velocidades do vento são inferiores a 117 quilômetros por hora e normalmente causam poucos danos.

Confira o comunicado na íntegra:

A Superintendência de Prevenção em Desastres Naturais da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SPDEN/SEMARH/AL) vem por meio desta informar a população sobre o fenômeno meteorológico ocorrido na tarde desta quinta-feira (22) na zona rural de Estrela de Alagoas, no Agreste do Estado de Alagoas.

Foi observado um fenômeno meteorológico incomum na região, conhecido como tornado. O fenômeno de pequena proporção, atingiu casas e provocou estragos em algumas residências e deixou rastros em sua trajetória. Toda a região, estava sob aviso meteorológico emitido pela SPDEN/SEMARH, com vigência até a tarde desta quinta-feira (22/02/2024).

O fenômeno Meteorológico

O fenômeno que ocorreu na tarde desta quinta-feira (22/02/2024) no município de Estrela de Alagoas trata-se de um fenômeno meteorológico de pequena escala denominado por tornado. Tornados são caracterizados por ventos ciclônicos que rotacionam em grande velocidade em volta de um centro de baixa pressão que se materializa quando seu funil toca o chão conectando uma nuvem de tempestade ao solo. No caso do município alagoano, o cisalhamento do vento, que é a mudança na direção do vento e um aumento da velocidade com a altura, cria uma tendência de rotação horizontal na baixa atmosfera, essa mudança favorece o aumento da velocidade do vento. Além do cisalhamento do vento, foi possível observar através de imagens de satélite um escoamento de leste com o ar mais quente e úmido e outro de sul com um ar mais frio e seco nas bordas de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN)¹ que está posicionado sobre o oceano, o que tem provocado o aumento da instabilidade sobre o estado de Alagoas, e que favoreceu a formação do tornado.

O tornado que atingiu o município foi de pequena proporção, caracterizado na escala Fujita, a escala que mede a intensidade dos tornados como F0, onde as velocidades do vento são inferiores a 117km/h e normalmente causam poucos danos

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