O ex-presidente Jair Bolsonaro ficou em silêncio no depoimento marcado pra esta quinta-feira (22) na Polícia Federal em Brasília.
Ele foi perguntado sobre o caso que apura a formação de uma suposta organização criminosa para dar um golpe de Estado.
Segundo a defesa de Bolsonaro, o silêncio do ex-presidente não foi apenas o uso de um direito constitucional, mas uma estratégia. Foi o que explicou o advogado Paulo Cunha Bueno.
O ministro Alexandre de Moraes rebateu esse argumento quando negou o pedido da defesa de Bolsonaro para adiar o depoimento desta quinta-feira. Moraes é o relator do caso no Supremo Tribunal Federal e afirmou que os advogados sabem do histórico de decisões da corte sobre colaborações premiadas, como a do ex-assessor de Bolsonaro, Mauro Cid.
E que o investigado teve acesso integral a toda investigação feita e das provas constantes no processo.
Além do ex-presidente, vários ex-integrantes do governo dele também foram depor ao mesmo tempo nesta quinta.
Entre eles, estão o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, o ex-ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto.
Eles são suspeitos de formar uma organização criminosa que, segundo a Polícia Federal, queria dar um golpe de Estado para manter o então presidente Jair Bolsonaro no poder após a vitória eleitoral de Lula.
Política Brasília 22/02/2024 - 18:42 Bianca Paiva / Pedro Lacerda Oussama El Ghaouri - Repórter da Rádio Nacional Bolsonaro investigação PF organização crimonosa Golpe de Estado quinta-feira, 22 Fevereiro, 2024 - 18:42 2:11Fonte: Agência Brasil