A Corregedoria da Polícia Militar informou, nesta quinta-feira (15), que vai abrir procedimento administrativo para investigar um policial à paisana, suspeito de agredir uma mulher, durante festa de carnaval, em Rio Largo.
A filha da mulher agredida, Thayane Tennório, contou nas redes sociais que tinha ido para a festa junto com a mãe, o marido e o irmão com a namorada. Lá, o irmão e a cunhada dela ficaram em um local separado, junto com amigos. No local, teria ocorrido uma confusão envolvendo a atual e a ex-namorada do irmão dela.
Com isso, a Polícia Militar levou o casal até uma base montada na localidade. Um amigo ligou e avisou à mãe dele e à Thayane sobre o caso. As duas se deslocaram até a base policial.
Foi quando o militar à paisana, aparentando estar embriagado, tentou entrar na base para bater no rapaz e foi impedido pelos policiais que estavam de serviço, segundo relato da filha da vítima.
Ao avistar a mãe e a irmã do rapaz que havia sido conduzido à base, o militar derrubou a mulher no chão e começou a agredi-la, sem que ninguém fizesse nada para impedir. "Ele derrubou a minha mãe pelos cabeços e começou a bater nela. Ainda disse: 'Vou comer seu filho vivo e vou chupar o sangue dele", conta Thayane no vídeo.
Em nota, a Polícia Militar disse que não compactua com "possíveis desvios de conduta ou excessos praticados pelos agentes". A corporação orientou ainda que o cidadão que se sentir agredido por membros da polícia, procurem à corregedoria para formalizar a denúncia.
"A partir da denúncia, um oficial da PM é designado para apurar minuciosamente as circunstâncias do caso, ratificando o direito à ampla defesa e ao contraditório dos envolvidos. É importante a formalização da denuncia, mas diante da imagens do vídeo que circulou nas redes sociais, a Corregedoria irá abrir procedimento administrativo", afirmou a Polícia Militar.