A história dos 25 anos do Pinto da Madrugada, patrimônio imaterial da cultura alagoana, foi tema de palestra nesta quarta-feira, 7, na Casa Jorge de Lima, sede da Academia Alagoana de Letras, proferida pelo professor Eduardo Lyra, um dos fundadores do bloco. "Aproveitamos a palestra para reforçar nossa permanente homenagem a Marcial Lima e à Maestrina Fátima Menezes", informou Eduardo Lyra.
A palestra foi prestigiada pelos membros da academia, representantes da cultura local e convidados, além da diretoria do Pinto da Madrugada que levou ao evento o seu estandarte, mascote, passistas e parte da tradicional orquestra do bloco, Pajuçara no Frevo. Hermann Braga, dirigente do bloco, agradeceu à academia a oportunidade de um de seus fundadores contar, naquela Casa, a origem e as conquistas do maior bloco de Alagoas.
Marcos Davi, fundador do Pinto da Madrugada e membro da academia, foi quem articulou o evento. "O Pinto da Madrugada é cultura, já se fazia necessário que ele chegasse à academia para que nossa história se ampliasse como referência cultural a outras agremiações", enfatizou Marcos Davi. "Fizemos este ano o maior carnaval do Pinto da Madrugada, arrastando pela avenida mais de 500 mil pessoas", destacou.
No desfile do Pinto da Madrugada, sábado passado, dia 3, o bloco colocou na avenida 500 representantes de grupos culturais do estado, como Guerreiro, Fandango, Afoxé, e outros. O bloco também gravou documentários sobre a tradição do frevo em Maceió e no estado, ganhou noticiário nacional e local e gerou emprego e renda, movimentando a economia criativa do estado.