Forças rebeldes houthis e os Estados Unidos voltaram a promover ataques na região do Mar Vermelho, palco secundário da guerra Israel-Hamas. O alvo dos rebeldes foi um navio grego de bandeira maltesa, que foi alvejado por um míssil de cruzeiro antinavio. O governo grego informou que não houve danos significativos ou vítimas. Este foi o 29º ataque registrado desde 19 de novembro na região. A embarcação, chamada MT Zografia, estava rumando para Israel vindo do Vietnã e transportava grãos. No entanto, relatos posteriores indicam que ele estava vazio. Os houthis justificaram a ação alegando ligação com Israel. Na véspera, o grupo havia declarado guerra naval aos Estados Unidos, afirmando que alvejaria navios militares e civis americanos na região. Os EUA realizaram, também nesta terça, o terceiro ataque aéreo a posições houthis desde a sexta-feira passada.
Os ataques dos EUA foram direcionados a quatro mísseis de cruzeiro em suas bases de lançamento. O arsenal sofisticado dos houthis é proveniente de estoques antigos das Forças Armadas locais e do Irã, que fornece os modelos mais recentes. A guerra civil no Iêmen, que opõe o Irã à Arábia Saudita, está em um cessar-fogo instável. O elemento Teerã é um motivo para que os EUA reajam de forma pontual, evitando uma crise regional ainda maior. Além disso, os americanos anunciaram a apreensão de um carregamento de armas do Irã que seria entregue aos houthis. A apreensão ocorreu no dia 11 e foi a primeira do tipo nesta guerra. A crise na região tem impactado o comércio por navios, levando ao cancelamento de rotas. Isso afeta o preço de fretes e pode ter efeito cascata sobre produtos em diversas cadeias produtivas. O setor energético é especialmente sensível, já que a região é o caminho mais curto do Golfo Pérsico para os mercados europeus.
Fonte: Jovem Pan