A fase intensiva dos combates no sul de Gaza está prestes a terminar, de acordo com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. Após mais de cem dias de guerra, que resultaram em um alto número de mortos no território palestino, o Hamas afirma que 24 mil pessoas perderam a vida. O ministro afirmou que, desde o início da guerra em outubro, ficou claro que a fase intensiva de operações duraria cerca de três meses. Ele acrescentou que a fase no norte de Gaza está chegando ao fim e que em breve a situação também será controlada no sul. No entanto, aviões israelenses continuaram bombardeando a zona de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, onde a liderança local do Hamas se refugia.
Os bombardeios noturnos em Gaza resultaram em um total de 78 mortos e vários feridos, de acordo com a assessoria de imprensa do Hamas. No dia anterior, o grupo anunciou a morte de dois reféns israelenses em um vídeo divulgado por uma jovem também sequestrada pelo grupo. O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo por um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza, a fim de permitir a chegada de ajuda à população e facilitar a libertação dos reféns. A guerra começou com um ataque sem precedentes do Hamas a Israel em outubro, resultando na morte de cerca de 1.140 pessoas, a maioria civis. Mais de 300 soldados também perderam a vida. Cerca de 250 pessoas foram sequestradas pelos combatentes islâmicos, sendo que 132 permanecem em Gaza, com 25 mortes confirmadas.
A ofensiva de Israel na Faixa de Gaza resultou em aproximadamente 24.100 mortos, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas. O conflito também causou o deslocamento da maioria dos 2,4 milhões de habitantes do território. Organizações como a Unicef, o Programa Alimentar Mundial e a OMS alertaram para o risco de fome e epidemias de doenças mortais em Gaza, pedindo mudanças fundamentais na prestação de ajuda humanitária, incluindo a abertura de novos pontos de entrada mais seguros e rápidos. As hostilidades geradas pela guerra também se estendem além da Faixa de Gaza. Na segunda-feira, uma mulher foi morta e 13 pessoas ficaram feridas em um subúrbio de Tel Aviv após serem atropeladas por um veículo, cujos dois suspeitos foram detidos pela polícia.
O conflito também aumenta as tensões regionais entre Israel e seus aliados, por um lado, e o Irã e seu “eixo de resistência”, composto por grupos armados como o Hamas, os rebeldes Houthi do Iêmen e o movimento libanês Hezbollah. Israel anunciou ataques aéreos contra posições do Hezbollah na cidade libanesa de Marun ar Ras, perto da fronteira norte, onde os confrontos são frequentes. No Iêmen, um navio cargueiro dos EUA foi atingido por um míssil disparado pelos Houthis. Na manhã de terça-feira, a agência britânica de segurança marítima UKMTO relatou um novo incidente no Mar Vermelho, sem fornecer mais detalhes. No fim de semana passado, os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam posições dos Houthis no Iêmen em resposta aos ataques do grupo a navios no Mar Vermelho, em solidariedade aos palestinos em Gaza. No Irã, os Guardas Revolucionários lançaram ataques com mísseis contra a Síria e perto de Erbil, no Curdistão iraquiano, onde afirmaram ter destruído um centro de espionagem israelense.
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Fonte: Jovem Pan