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Bill Clinton aparece em documentos de abuso sexual e tráfico de crianças relacionado a Jeffrey Epstein

O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, é um dos nomes que aparece na lista de um primeiro lote de documentos judiciais, até então confidenciais, relacionados ao caso de abuso sexual e tráfico de crianças envolvendo o falecido bilionário Jeffrey Epstein.

Foto: Reprodução internet
Foto: Reprodução internet

O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, é um dos nomes que aparece na lista de um primeiro lote de documentos judiciais, até então confidenciais, relacionados ao caso de abuso sexual e tráfico de crianças envolvendo o falecido bilionário Jeffrey Epstein. A justiça dos Estados Unidos tornou esses arquivos públicos na noite de quarta-feira, 3. Eles fazem parte de um processo por difamação movido por Virginia Giuffre, uma das principais denunciantes de Epstein, contra Ghislaine Maxwell, ex-amante e parceira de negócios do bilionário. A expectativa é que esses documentos revelem nomes de personalidades ligadas a Epstein, muitos dos quais já foram identificados durante o julgamento de Maxwell em 2021. O primeiro lote de documento possui cerca de 1.000 páginas. Os membros de sua equipe, testemunhas no julgamento de Ghislaine, pessoas mencionadas durante os depoimentos e pessoas que investigaram Epstein, como promotores, jornalistas e detetives de polícia. Além disso, há nomes de figuras públicas que já eram conhecidas por terem se associado a Epstein ao longo dos anos. Além de Clinton, identificado como “John Doe 36”, também aparece o nome do príncipe Andrew, que foi processado por abuso sexual por Virginia Giuffre e chegou a um acordo extrajudicial com ela.

O ex-presidente dos EUA não foi acusado, mas seu nome aparece nas listas de passageiros dos voos de Epstein para diferentes países. A presença de Clinton em uma das ilhas de Epstein, onde supostamente ocorreram os abusos, é motivo de controvérsia, já que Giuffre afirma que ele esteve lá, enquanto Clinton nega. Antes da divulgação oficial, informações falsas sobre o conteúdo dos documentos circularam nas redes sociais, levantando especulações sobre uma possível “lista de clientes” ou “coconspiradores”. No entanto, a juíza responsável pela liberação dos registros afirmou que muitas das informações já são de conhecimento público. A juíza Loretta Preska, do tribunal federal para o Distrito Sul de Nova York, ordenou que os documentos sigilosos fossem divulgados a partir de 1º de janeiro. Esses documentos incluem as identidades de aproximadamente 150 pessoas. No entanto, é importante ressaltar que o fato de ser citado nos documentos não implica em culpa, pois eles contêm desde e-mails até declarações de vítimas e testemunhas. A identidade daqueles que eram menores de idade ou que não fizeram declarações públicas permanecerá oculta.

Jeffrey Epstein, conhecido por se associar a celebridades, políticos e bilionários, foi preso em 2005 e acusado de pagar uma menina de 14 anos por sexo. Apesar de várias outras meninas menores de idade terem relatado abusos similares, Epstein se declarou culpado em 2008 de uma acusação envolvendo apenas uma vítima. Ele cumpriu 13 meses em um programa de liberação de trabalho na prisão. Após sua condenação, alguns famosos conhecidos abandonaram Epstein, mas muitos continuaram apoiando-o. O interesse no caso foi renovado com reportagens do jornal Miami Herald, e Epstein foi acusado de tráfico sexual em 2019. Ele se suicidou na prisão enquanto aguardava julgamento. Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein, foi processada por ajudar a recrutar vítimas menores de idade. Ela foi condenada em 2022 e está cumprindo pena de 20 anos de prisão. Os documentos liberados fazem parte do processo movido por Virginia Giuffre contra Ghislaine. Virginia é uma das dezenas de mulheres que processaram Epstein, alegando terem sido abusadas por ele em diferentes locais. Ela afirmou ter sido atraída para trabalhar como “massagista” de Epstein aos 17 anos e ter sido pressionada a fazer sexo com homens do ciclo social do financista. Diversas figuras públicas foram mencionadas nos documentos, incluindo o príncipe Andrew do Reino Unido, o ex-governador de New México Bill Richardson, o ex-senador dos EUA George Mitchell e o bilionário Glenn Dubin. Todos negaram as acusações.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Jovem Pan

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