Pela primeira vez, o Censo 2022 revela que o maior grupo étnico da população brasileira é o de pessoas pardas. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 22, confirmam a tendência de alteração do pertencimento étnico-racial dos moradores do país. No ano passado, a população brasileira era composta por 92.083.286 pessoas pardas (45,3%), 88.252.121 brancas (43,5%), 20.656.458 pretas (10,2%), 1.694.836 indígenas (0,8%) e 850.130 amarelas (0,4%). Ao longo dos últimos 31 anos, a população branca ocupava a liderança em todas as faixas etárias. No entanto, os resultados do Censo 2022 mostram um crescimento dos grupos de pretos e pardos em todas as idades, enquanto a população branca perdeu representatividade, mas ainda é predominante entre os mais velhos.
Comparando com os resultados do Censo 2010, destaca-se o crescimento de 42,3% da população preta e de 11,9% da população parda, enquanto houve uma diminuição de 3,1% da população branca. A população preta passou de 14.517.961 para 20.656.458 nos últimos 12 anos, enquanto o número de pessoas pardas aumentou em cerca de dez milhões e o de brancos diminuiu de 90.621.281 para 88.252.121. Por outro lado, o número de pessoas amarelas apresentou uma diminuição significativa, representando uma perda de quase 60% em relação a 2010. A população amarela voltou aos patamares próximos aos aferidos nas pesquisas realizadas entre 1991 e 2000. Em relação às faixas etárias, a população branca predomina entre as pessoas com 45 anos ou mais, enquanto a população parda é maioria entre os jovens. Em 2022, os pardos tiveram a maior participação relativa nas faixas de 0 a 14 anos e de 15 a 29 anos. As menores proporções foram encontradas nos grupos com 60 anos ou mais.
Fonte: Jovem Pan