Estudantes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) realizaram um protesto para chamar a atenção de casos de preconceito praticados dentro do Campus Maceió, situado no Centro, na manhã desta quinta-feira, 21. Eles ocuparam os andares e a área externa da unidade de ensino e não compareceram às salas para aulas.
Os alunos levaram cartazes com frases como "Diga não ao preconceito", "Não é não, o corpo é meu e não seu", e "Não precisa ser negro para lutar contra o racismo, só precisa ser humano". Eles também usaram instrumentos musicais e gritaram palavras de ordem. Assista abaixo:
"Devido aos vários casos de racismo, assédio, bullying, gordofobia e homofobia, acontecidos dentro do campus Ifal - Maceió, os alunos decidiram se reunir e protestar contra as "punições" aplicadas aos agressores. Punições essas como cinco dias de suspensão e apenas isso. A gestão vem tentando abafar as vozes dos alunos, calar a nossa voz. Só que decidimos por um fim nisso. E estamos lutando pelos nossos direitos", disse uma estudante ao TNH1.
A reportagem entrou em contato com o Ifal e o posicionamento do instituto foi passado durante a tarde dessa quinta. Confira a seguir:
A Direção-Geral encontra-se atenta aos recentes acontecimentos e adotou providências imediatas, enviando uma nota pública de esclarecimento à comunidade em 18 de dezembro e instaurando um processo disciplinar para investigar a situação em consonância ao Regulamento do Corpo Discente do Ifal. Além disso, hoje (21), os estudantes promoveram uma manifestação em frente ao Campus e foram recebidos pelos membros da gestão, que acolheram suas demandas. O diretor-geral reiterou seu compromisso em combater qualquer forma de preconceito e afirmou que serão tomadas todas as medidas cabíveis, em conformidade com as resoluções e regulamentos da instituição."
Atenciosamente,
Givaldo Oliveira dos Santos
Diretor Geral do Ifal- Campus Maceió
