O setor do agronegócio brasileiro alcançou um recorde em 2023, com o fechamento de 76 novos acordos comerciais com 38 países. Esses acordos abrangem uma ampla variedade de produtos, como carnes, grãos, frutas, vegetais, sementes e produtos florestais. Os principais destinos dessas exportações foram as Américas e a Ásia, com destaque para o México, a China e o Chile. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira, 20, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Uma das principais conquistas do ano foi a abertura do mercado mexicano para carnes bovinas e suínas brasileiras. Essa medida, que era esperada há 20 anos, permitirá que o Brasil exporte esses produtos in natura para o México, sem a necessidade de processamento térmico prévio. O México é o segundo maior importador mundial de carne suína in natura, o que representa uma grande oportunidade para o setor de carne suína brasileiro. Além disso, o Brasil obteve avanços importantes nas negociações com a China, seu principal parceiro comercial. O embargo à carne bovina brasileira, que havia sido imposto devido a um caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina, foi derrubado. O governo chinês elogiou a transparência e a celeridade das informações prestadas pelo Brasil. O Mapa também conseguiu a habilitação de novas plantas frigoríficas brasileiras para exportação à China e a retomada das exportações de algumas plantas que estavam suspensas.
Outros acordos importantes foram fechados com o Chile e a União Europeia, segundo a pasta. Com o Chile, o Brasil assinou um acordo para simplificar a habilitação de frigoríficos para exportação de carnes, adotando o sistema de “pre-listing”. É o primeiro país latino-americano a ter esse mecanismo de habilitação delegada com o Chile. Já com a União Europeia, o Mapa retomou o Mecanismo de Diálogo SPS, essencial para restabelecer o diálogo e avançar em temas sanitários e fitossanitários de interesse mútuo. Em relação ao comércio exterior, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram o recorde de US$ 139,58 bilhões nos dez primeiros meses do ano, de acordo com o Mapa. Esse crescimento foi impulsionado pelos setores do complexo soja, complexo sucroenergético e cereais, farinhas e preparações. A Ásia foi o principal destino das exportações, seguida pela União Europeia e pela China, que absorveu a maior parte das exportações brasileiras.
Fonte: Jovem Pan