Para se defender da expulsão dos quadros da Polícia Militar, em decisão do comando da corporação dessa segunda-feira (11), Kel Ferreti publicou em suas redes sociais que já estava afastado da PM há cinco anos. O motivo seria porque ele adquiriu a síndrome de burnout em decorrência da atividade ostensiva da polícia.
De acordo com informações da advogada do empresário, Nívea Rocha, e compartilhadas pelo próprio Ferreti, ficou provado que ele não tinha condições de voltar à rua como policial militar por questões de saúde atestadas por "médico competente e avalizadas pela Polícia Militar".
A defesa considera ainda que Kel foi "excluído ilegalmente dos quadros da PM" e que ele nunca tinha sido reformado.
Segundo o Ministério da Saúde, a Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante. A principal causa da doença é o excesso de trabalho.
À Gazeta, Kleverton disse que não tinha sido intimado até o final da noite dessa segunda-feira (11) para apresentar a sua defesa. E que entende ser ilegal "o desligamento de qualquer policial que esteja nesta situação de afastamento". Ele ressaltou ainda que vai se inteirar do processo e recorrer da decisão.
Kel Ferreti, como é conhecido Kleverton Pinheiro de Oliveira, foi expulso da Polícia Militar após ser submetido a processo do Conselho de Disciplina do órgão, que apurou denúncia de crime eleitoral praticado por Kel.
Nas eleições de 2022, o alagoano entrou com um celular na cabine de votação e registrou o momento em que votou para presidente e governador, prática proibida pela Justiça Eleitoral.
O processo também investigou e julgou divulgação irregular de propaganda que Ferreti teria feito dos candidatos, atitude popularmente conhecida como 'boca de urna'.
Para essas ações, Kel lembrou nas redes sociais que ele fez e cumpriu um acordo com a Justiça eleitoral se eximindo da condenação.
O Conselho de Disciplina, instaurado em maio deste ano, considerou que Ferreti feriu a honra pessoal e o decoro da classe e que, por isso, ele deveria sair da corporação. O entendimento foi acatado pelo Comando-Geral da Polícia Militar.