Só na última semana, os Estados Unidos registraram dois tiroteios de grande repercussão na imprensa internacional. O mais recente aconteceu em um supermercado no Colorado, onde dez pessoas morreram segunda-feira, 22. Poucos dias antes, oito pessoas tinham sido vítimas de um ataque a três casas de massagem da Geórgia. No entanto, nesse mesmo intervalo de sete dias o país também já tinha registrado outros cinco tiroteios que chamaram atenção da mídia norte-americana: um na Califórnia (5 feridos) e um em Oregon (4 feridos) por motivos desconhecidos, um na Pensilvânia (1 morto e 5 feridos) durante uma festa ilegal e outros dois no Texas, sendo o primeiro em Houston (5 feridos) após uma briga em uma boate e o segundo em Dallas (1 morto e 7 feridos) por razões que ainda estão sendo investigadas.
A recorrência está chamando atenção para o recorde de vendas de armas no ano passado, durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com a empresa de consultoria Small Arms Analytics, quase 23 milhões de armas de fogo foram compradas em 2020, um aumento de 65% em comparação com 2019. O fenômeno pode estar relacionado ao assassinato de George Floyd, o início das restrições para conter a Covid-19 e a tensão da disputa presidencial, momentos que geraram agitação política e social nos Estados Unidos. O salto nas vendas de armas também continuou em janeiro desse ano, quando houve a invasão ao Capitólio e a posse de Joe Biden, cujo Partido Democrata geralmente é a favor de uma limitação da posse de armas. Só no primeiro mês de 2021, duas milhões de armas de fogo foram vendidas, um aumento de 75% em relação ao mesmo período de 2020, segundo a Federação Nacional do Tiro Esportivo.
Fonte: Jovem Pan