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Banco Central

Haddad projeta crescimento de mais de 3% para PIB de 2023: "Mas o Banco Central precisa fazer o trabalho dele"

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou nesta terça-feira, 5, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2023.

Foto: Reprodução internet
Foto: Reprodução internet

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou nesta terça-feira, 5, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2023. O resultado superou as expectativas do mercado, que previa uma queda de 0,3%. Este é o terceiro desempenho positivo consecutivo, seguindo a desaceleração após um crescimento de 1% no segundo trimestre. Haddad avaliou que a condução da política monetária promovida pelo Banco Central impactou diretamente o resultado. “O PIB surpreendeu positivamente porque ele cresceu e o mercado estava esperando uma retração. Mas eu quero alertar para o seguinte: a taxa de juros real atingiu o seu patamar mais alto em meados de junho. Então, foi o pior momento da safra de juros em termos reais, ou seja, a taxa de juros descontada a inflação. O Banco Central começou a cortar a taxa de juros só em agosto. Nós tivemos um PIB positivo, mas fraco. Mas, com os cortes nas taxas de juros, nós esperamos que, este ano, nós fechemos o PIB em mais de 3% de crescimento. E esperamos um crescimento na faixa de 2,5% no ano que vem. Mas o Banco Central precisa fazer o trabalho dele”, comentou.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado do PIB nesta terça-feira, 5. A atividade econômica apresentou desempenho acima do esperado na primeira metade de 2023, impulsionada pela agropecuária no primeiro trimestre e por serviços e indústria no segundo. No entanto, analistas alertam que o aumento da renda média e da massa salarial, juntamente com a geração de empregos formais, foram impactados pelos juros em patamar elevado. Apesar do terceiro trimestre registrar sinais positivos no mercado de trabalho, o ciclo de cortes da taxa básica (Selic) iniciado em agosto pelo Banco Central pode demorar a refletir na atividade econômica.

A projeção para o crescimento do PIB em 2023 é de 2,84%, enquanto para 2024 é de 1,5%, segundo o boletim Focus divulgado antes dos dados do terceiro trimestre. Em termos anuais, o PIB brasileiro apresenta uma alta acumulada de 3,1% nos últimos quatro trimestres e um ganho de 3,2% nos nove meses de 2023 em comparação ao mesmo período do ano anterior. A agropecuária teve um recuo de 3,3% no terceiro trimestre, mas mantém uma alta de 8,8% em comparação com o mesmo período de 2022. Os serviços, setor mais importante da economia, subiram 0,6% no trimestre e 1,8% em relação ao mesmo período de 2022. O PIB totalizou R$ 2,741 trilhões, sendo R$ 2,387 trilhões de Valor Adicionado e R$ 353,8 bilhões de Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

Fonte: Jovem Pan

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