O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), reuniu-se nesta segunda-feira (4) com os moradores dos Flexais, comunidades que são conectadas com o Bebedouro e que estão isoladas do restante da cidade por causa do afundamento do solo.
Na ocasião, o chefe do executivo estadual disse que o "crime da Braskem não ficará impune" e chamou a instabilidade do solo em cinco bairros da capital como "crime ambiental de maiores proporções".
Paulo Dantas informou que ouviu as demandas da população do Flexal de Cima e do Flexal de Baixo.
Os moradores querem o realocamento das famílias que ainda vivem nessas localidades. Eles alegam que vivem isolamento social e econômico, já que não recebem mais serviços públicos no local, como escolas, transportes e saúde.
Os flexais ficam ligados ao bairro do Bebedouro, que é um dos cinco afetados pela mineração da Braskem e de onde as famílias tiveram que sair de suas casas por causa das rachaduras.
Após a reunião, o governador disse que, nesta terça-feira (5), terá uma reunião em Brasília com o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, a quem levará as demandas dessas comunidades.
"Queremos com urgência uma CPI para investigar todos os detalhes do maior crime ambiental em áreas urbanas do mundo", afirmou o governador.
O presidente do Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM), Luiz Cláudio Almeida Magalhães, disse que ficará em Maceió até o próximo sábado (9), dando apoio à Defesa Civil do Estado para obter informações sobre a situação da mina 18.
Ainda durante a reunião, ficou definida uma agenda de ações do Governo de Alagoas nos Flexais, a exemplo da visita do governador para ver de perto a situação dos moradores da região, bem como a realização da Arena Vida Nova nas Grotas.