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Braskem

Colapso em mina da Braskem em Maceió é "evento inédito no mundo", diz Prefeitura

O solo na área afetada pela atividade mineradora da Braskem, no bairro Mutange, em Maceió, afundou 13 centímetros nas últimas 24 horas, de acordo com informações da Defesa Civil.

Foto: Reprodução internet
Foto: Reprodução internet

O solo na área afetada pela atividade mineradora da Braskem, no bairro Mutange, em Maceió, afundou 13 centímetros nas últimas 24 horas, de acordo com informações da Defesa Civil. A velocidade de deslocamento da mina número 18 é de 0,7 centímetros por hora. Apesar de ter desacelerado em relação ao boletim divulgado na sexta-feira, a situação ainda é crítica. Um novo sismo com magnitude de 0,89 foi registrado na madrugada deste sábado, a cerca de 300 metros de profundidade. A Defesa Civil permanece em alerta máximo devido ao risco iminente de colapso da mina. A recomendação da Defesa Civil é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização do órgão. Medidas de controle e monitoramento estão sendo aplicadas para reduzir o perigo. A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que as informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas.

A prefeitura de Maceió também se pronunciou sobre a situação, informando que a série de fenômenos que pode levar ao colapso da mina de sal-gema é considerada um “evento inédito no mundo”. Segundo o comunicado, ainda não é possível mensurar todas as consequências do fato. Desde os anos 1980, pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) já alertavam para o colapso do solo em bairros de Maceió causado pela mineração de sal-gema realizada pela Braskem. As primeiras pesquisas que comprovaram a catástrofe foram publicadas em 2010. Em 2018, o desnivelamento começou a se tornar evidente, com rachaduras de 280 metros de extensão surgindo nas casas e nas ruas de alguns bairros. A Braskem foi obrigada a interromper a mineração e a evacuar os moradores das áreas mais afetadas. Desde 2019, mais de 14 mil imóveis precisaram ser desocupados na região, afetando cerca de 55 mil pessoas, de acordo com a prefeitura. Em 2020, a Justiça de Alagoas determinou que a Braskem pagasse indenização às famílias afetadas pelo afundamento do solo. A empresa também foi condenada a reparar os danos ambientais causados. A Braskem informou que continua monitorando a situação da mina 18 e tomando todas as medidas cabíveis para minimizar o impacto de possíveis ocorrências, colaborando com as autoridades competentes.

Fonte: Jovem Pan

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