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AFUNDAMENTO DO SOLO

Tragédia ambiental e sem precedentes: Defesa Civil explica o que pode acontecer após colapso de mina no Mutange

Órgão emitiu um alerta de risco para o possível desastre na tarde desta quarta (29); 60% da cavidade está dentro da Lagoa Mundaú

Tremores de terra foram sentidos e relatados por moradores entre a segunda (27) e a terça (28)
Tremores de terra foram sentidos e relatados por moradores entre a segunda (27) e a terça (28)

O alerta de que a mina 18, mantida pela Braskem, no bairro Mutange, em Maceió, vai colapsar nas próximas horas ou dias assustou os maceioenses nesta quarta-feira (29). O aviso de risco foi emitido pela Defesa Civil Municipal, por meio de SMS. Mas, uma dúvida ainda paira na mente dos moradores da capital: o que pode acontecer quando a mina 18 colapsar?

Segundo o coordenador geral da Defesa Civil Municipal, Abelardo Nobre, a água da Lagoa Mundaú, que tem 60% da cavidade, pode sofrer um aumento "drástico" de salinização.

"Se o teto dela [mina 18] vier a desabar, essa cavidade chega até a superfície. Se ela chegar dentro da lagoa, as consequências são mais preocupantes. Você pode ter um processo de sinalização, porque a água da lagoa vai ter contato com o fluido que há dentro da cavidade. Isso pode causar um aumento drástico da salinização dessa água", explicou o coordenador.

Ainda de acordo com Nobre, o processo de salinização, se ocorrer, vai atingir toda a área de mangue. "Dependendo do volume que essa cavidade chegar na superfície, a gente vai mensurar o impacto ambiental que deve causar na lagoa", afirmou.

O coordenador descartou também a possibilidade das cidades margeadas pela Lagoa Mundaú serem atingidas, assim como lembrou que a Defesa Civil Municipal recomendou que a população e os pescadores evitem a região.

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Diante do risco do colapso da mina 18, no Mutange, o prefeito de Maceió, JHC, decretou situação de emergência por 180 dias. O documento foi publicado em edição extraordinária do Diário Oficial do Município, nesta quarta-feira (29).

Os tremores de terra na região foram sentidos e relatados por moradores entre a segunda (27) e a terça (28).

Além disso, a Prefeitura de Maceió já criou um Gabinete de Crise para monitorar a situação.

Foram comunicados oficialmente o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público Estadual (MPAL), a Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE), além dos comandos da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Polícia Militar de Alagoas (PMAL), Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL), Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), Equatorial Energia Alagoas e Algás.

ÓRGÃOS FEDERAIS EM ALAGOAS

O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), solicitou ao governo Lula acompanhamento da Defesa Civil Nacional e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

Os órgãos federais devem desembarcar na capital alagoana na noite desta quarta (29).

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