A edição da Parada LGBT+ deste ano em Maceió, capital de Alagoas, ficará marcada por uma lamentável postura assumida pela prefeitura, visivelmente homofóbica. Além de tentar esvaziar o evento ao promover um show concorrente no mesmo dia e horário em outro local, a prefeitura buscou impedir a passagem da parada pela orla de Ponta Verde. Apesar dos esforços, a Justiça inicialmente negou, mas a prefeitura recorreu, obteve uma vitória temporária e, posteriormente, sofreu uma derrota definitiva.
É notório que a prefeitura utilizou argumentos questionáveis para convencer a Justiça a proibir a passagem da parada LGBT pela orla da capital, chegando ao ponto de usar a onda de calor como desculpa, o que claramente não foi aceito como justificativa válida.
No desenrolar dos acontecimentos, o movimento LGBT+ conseguiu impor uma derrota à atual gestão, mesmo com a detenção aparentemente truculenta e arbitrária de um dos organizadores, Nildo Correia, pela Guarda Municipal.
Surpreendentemente, a prefeitura não parece ter se dado por vencida. Em uma possível atitude de "vingança", as luzes de Natal da orla de Maceió foram acesas, conforme registros nas redes sociais, somente após a passagem da Parada LGBT+. Isso evidencia uma tentativa de desmerecer o evento, mas, mesmo diante da radicalização da prefeitura, a Parada brilhou, com gays, lésbicas e todos que a apoiam desfilando pelas ruas de Maceió e impondo uma fragorosa derrota à homofobia.
Os protestos contra a suposta homofobia da prefeitura se multiplicam, evidenciando a insatisfação da comunidade e de seus apoiadores. A detenção do presidente do Grupo Gay de Alagoas, momentos antes do início da Parada, reflete a resistência enfrentada pelo movimento LGBTQIAPN+ diante dos obstáculos impostos pela administração municipal. O argumento absurdo da prefeitura, utilizando o calor como justificativa, foi acatado por um juiz, ressaltando a necessidade de revisão e reflexão sobre o respeito aos direitos e à diversidade.
Em última análise, a Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ em Maceió deste ano não apenas celebrou a diversidade, mas também destacou a importância de resistir à homofobia e às tentativas de silenciamento, reafirmando que a luta contra a discriminação é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
