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Maceió

Oficial dos Bombeiros, suspeito de obrigar dentista não dizer que foi agredida pelo irmão do prefeito de Maceió, consegue habeas corpus e não é preso

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E o suposto caso de violência doméstica tendo como suspeito o irmão do prefeito de Maceió, o dentista João Antônio Holanda Caldas, o "Dr. JAC" ou "Dr JHC", candidato derrotado a deputado federal nas eleições de 2020, que teria agredido fisicamente na tarde do último sábado, dia 18, agredido a noiva, a cirurgiã-dentista Isadora Martins, dentro do apartamento alugado pelo casal, no oitavo andar do Residencial Good Life/Torre Azul, apartamento 811, no bairro da Jatiúca, em Maceió, continua repercutindo.

Logo após o caso ser transformado em um ingrediente político-partidário, o comandante da Polícia Militar determinou as prisões dos dois policiais militares, o 2º sargento Sivanilson Gomes dos Santos e soldado Fabrício José Damásio de Souza, que foram até o imóvel, após a vítima pedir por socorro ao Copom. Os militares, entre as várias acusações, segundo o entendimento da corporação, permitiram que oficiais superiores, a disposição do gabinete militar da prefeitura, pressionassem a vítima para não acusar o irmão do prefeito de Maceió de violência e colocarem ela em um carro, onde teriam passado com Isadora, dentro do veículo, cerca de duas horas antes dela ser levada, pelos mesmos oficiais, para a Central de Flagrantes, onde na presença de policiais civis a vítima falou o que os oficiais teriam ordenado.

A PM tem informado que a ação deveria ter sido impedida pelos policiais, já que na condição de suposta vítima, ela deveria ter ficado sob guarda dos militares da ocorrência, nunca de terceiros. Por isso, a apuração vai analisar se agiram "mal intencionalmente ou por falta de atenção durante o serviço."


Os oficiais em questão são o major do Corpo de Bombeiros Militar Luiz Diego Ramos Rodrigues, chefe da assessoria militar da prefeitura e que foi candidato derrotado a deputado federal em 2022 pelo PSB, partido do prefeito JHC e o subtenente Gilvan Cabral, mas o subtenente conseguiu um habeas corpus e evitou a prisão.

De acordo com uma portaria expedida pelo comandante da PM de Alagoas, o subtenente Gilvan teria descumprido uma ordem de comparecer na sede da Unidade de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (ROTAM) até às 9h desta quarta-feira, dia 22. Em outro documento da PM, onde é determinada a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o militar, há a justificativa é de que ele "em tese, teria retirado de forma indevida uma vítima de violência doméstica e que estava sob custódia de policiais militares que atendiam a ocorrência".

Um dia após a suposta violência doméstica, na segunda-feira, dia 20, postagens divulgadas em grupos de aplicativos e páginas de redes sociais divulgavam um texto supostamente de autoria da dentista Isadora Martins. O texto dizia que ela não havia sido agredida e que irmão do prefeito de Maceió "nunca" tinha sido detido ou preso e que o casal estava "bem", alertando que toda a especulação do caso envolvendo violência doméstica era fake news. Porém, no Instagram de Isadora o texto nunca foi publicado, levantando-se duvidas que a divulgação foi mais uma tentativa de diminuir o impacto da notícia envolvendo um crime previsto na Lei Maria da Penha e que o irmão do prefeito, candidato à reeleição, de Maceió.

Como denúncias de violência doméstica têm de ser investigadas, mesmo que a suposta vítima não queira mais o curso, um inquérito foi aberto para apurar o caso. Duas delegadas foram designadas e devem apurar o que ocorreu com a dentista Isadora Martins.

"O objetivo é apurar a narrativa de violência doméstica. O procedimento já foi instaurado por mim e pela delegada Paula Mercês. Todas as circunstâncias do fato estão sendo devidamente apuradas", diz a delegada Ana Luiza Nogueira, delegada da Mulher de Maceió.

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