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Gaza registra nascimento de cerca de 180 bebês por dia em meio à guerra entre Israel e Hamas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta terça-feira, 21, que, em média, 180 bebês nascem todos os dias na Faixa de Gaza e que a maioria dos partos não recebe cuidados adequados.

Foto: Reprodução internet
Foto: Reprodução internet

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta terça-feira, 21, que, em média, 180 bebês nascem todos os dias na Faixa de Gaza e que a maioria dos partos não recebe cuidados adequados. Segundo a OMS, cerca de 20 desses recém-nascidos sofrem complicações e precisam de cuidados especializados, como o grupo de 31 bebês prematuros que puderam ser evacuados. Contabilizando os 46 dias de conflitos, pode estimar que desde o começo da guerra cerca de 8.000 bebês tenham nascido. O porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, comentou que, além da atenção dada aos bebês prematuros que foram evacuados do Hospital Al Shifa, que está sob cerco militar das forças israelenses há dias e sofreu graves danos, é preciso pensar também nos bebês que nascem todos os dias e que têm poucas chances de sobreviver. “Além disso, 160 crianças são mortas todos os dias (nas hostilidades), ou seja, uma a cada dez minutos, junto com suas famílias e em circunstâncias terríveis”, lamentou. No começo de novembro, Israel havia informado que encaminharia incubadoras para ala pediátrica do hospital em Gaza para minimizar os danos aos civis, ajudar na evacuação e facilitar a transferência de suprimentos médicos e alimentos. Cerca de 50 mil mulheres na Faixa de Gaza estavam grávidas quando a guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas começou.

O sistema de saúde da Faixa de Gaza, com todos os hospitais no norte sem operar, enquanto os poucos no sul estão completamente sobrecarregados, sofre com a “falta de alimentos, água, eletricidade e combustível”, descreveu o porta-voz. A OMS fez parte da primeira missão internacional, no fim de semana passado, para obter acesso ao Hospital Al Shifa e facilitar a evacuação de pacientes que precisavam de diálise e dos 31 bebês prematuros e de muito baixo peso ao nascer. Desses últimos, 28 foram transferidos para o Egito, sendo que oito (incluindo um casal de gêmeos) foram acompanhados por suas mães. De resto, algumas mães não conseguiram atravessar a fronteira, algumas são órfãs e não há informações precisas sobre outras. Três bebês foram deixados dentro da Faixa de Gaza (no setor sul) com seus pais, informou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Jovem Pan

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