A família de Carla Janiere da Silva Barros, 24, vítima de feminicídio no município de Murici, denunciou que a casa e a loja da empresária foram esvaziadas cerca de 24 horas após o crime e depois da prisão do companheiro dela, Jeferson Marcos Timóteo. Ela alegou que os parentes do assassino entraram nos locais e fizeram a retirada. A polícia vai investigar a denúncia.
Nas redes sociais, os familiares de Carla Janiere compartilharam imagens da loja esvaziada nessa quarta-feira, 15. O vídeo apresenta cabideiros sem as roupas e inclinados, apoiados na parede, assim como prateleiras sem produtos.
Segundo o que foi passado à produção da TV Pajuçara, as roupas e as demais mercadorias foram retiradas do local, sem aviso, assim como tudo o que tinha dentro da residência do casal. O portão da loja também foi violado, de acordo com a família da empresária, já que o estabelecimento estava fechado nesse feriado.
As câmeras de segurança da região podem ajudar na identificação das pessoas que entraram na loja nesse dia 15. Até o momento, não há confirmação de que a família de Jeferson esteve na localidade.
O velório de Carla Janiere acontece nesta manhã no município de Porto Calvo, cidade natal da vítima, e o sepultamento também foi agendado para esta quinta. O horário, porém, ainda não foi informado pelos familiares.
Ciúme e agressões: família relata relacionamento abusivo
Relatos de familiares da jovem, assassinada covardemente a tiros pelo esposo dentro da loja do casal, em Murici, na tarde de terça-feira, 14, denunciam um relacionamento abusivo, marcado pro ciúme e agressões que culminaram em um crime de feminicídio.
Em entrevista à repórter Maria Maciel, da TV Pajuçara, a prima de Janiere, Laura Gomes, contou que Jeferson Marcos Timóteo era um homem muito ciumento. "Ele era muito possessivo, ciumento, não deixava ela vestir roupa curta, nada, a vida da Jane era de casa pro trabalho e do trabalho pra casa", conta Laura.
? O QUE FAZER EM CASO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA?
Se você está sofrendo violência doméstica, seja ela física ou psicológica, ou conhece alguém que esteja passando por isso, você pode pedir ajuda.
No número 180, é possível denunciar à Central de Atendimento à Mulher. Ela funciona em todo o país e no exterior, 24 h por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número (61) 9610-0180.
A denúncia pode ser feita ainda às autoridades locais pelo 190 e nas Delegacias Distritais de sua cidade.
Já as Delegacias da Mulher podem ser procuradas em Maceió e em Arapiraca. Veja os contatos:
Delegacias da Mulher – Maceió
Mangabeiras:
Fone: (82) 98882- 9799
E-mail: [email protected]
Funciona 24 horas
Salvador Lyra
Fone: 3315-4327
E-mail: [email protected]
Funcionamento: 08:00 às 18:00 horas
Delegacia da Mulher – Arapiraca
Fone: 3521-6318
End: Rodovia AL 110, s/n, Bairro Jardim Tropical
E-mail: [email protected]
