Nos últimos dias, várias cidades do país foram atingidas por uma forte ventania, com graves consequências para a população. Em São Paulo, por exemplo, parte da cidade ainda está sem energia elétrica, enquanto o Rio de Janeiro foi atingido por ondas gigantes. Em Maceió, o aumento da incidência de ventos vem chamando a atenção, mas segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), tais fenômenos não possuem qualquer relação.
As cidades do sudeste do país enfrentaram ventos intensos relacionados a sistemas frontais, associados a um ciclone extratropical no Oceano Atlântico Sul, com ventos que chegaram a mais de 100 km/h, causando ressacas e ondas intensas ao longo da costa do Atlântico Sul. Já Alagoas está sob a influência de sistemas de alta pressão que trazem ventos moderados.
"O que acontece aqui é típico desta época do ano, é conhecido como vento nordeste e não está associado a sistemas frontais, nem a ciclones extratropicais, mas sim a sistemas de alta pressão que ficam atuando sobre a região, próximo da região do Equador, e geralmente são rajadas de vento de intensidade moderada, entre 30 km/h e 50 km/h, também associado a um aumento de temperaturas", explicou o superintendente de Prevenção em Desastres Naturais, Vinicius Pinho.
Além disso, a barreira de corais que protege a costa litorânea ajuda a minimizar o risco de grandes ondas e ressacas, além de não haver previsão ou incidência de ciclones extratropicais no Nordeste, o que faz com que as praias daqui estejam seguras.
A Semarh faz o monitoramento constante sobre a previsão climática e sobre a intercorrência e velocidade dos ventos, reforçando o comprometimento em zelar pelo bem-estar da população e empreender ações preventivas em relação a possíveis desastres naturais.