Uma quadrilha que aplicava o golpe do “falso salário” virou alvo de uma operação da PF (Polícia Federal), em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). No total, os agentes cumpriram oito mandados de busca e apreensão em São Paulo e em São Bernardo do Campo. A ação também contou com participação do Exército Brasileiro e da Receita Federal. O grupo é investigado por crimes patrimoniais, à lavagem de capitais e ao provável comércio ilegal de armas de fogo e munições. Segundo a PF, a investigações foi iniciada com informações provenientes de uma empresa acerca de movimentações atípicas em contas mantidas em uma instituição financeira. Ainda de acordo com a corporação, a quadrilha usava contas em nomes de “laranjas” para a prática de lavagem de dinheiro. Entre outros golpes, os suspeitos ofereciam uma falsa promessa de trabalho, sendo que o saque da remuneração era condicionado a uma contrapartida em dinheiro. “Dessa forma, a vítima desenvolvia atividades em uma plataforma virtual, acumulava créditos (salário), mas, para sacá-los, o que nunca ocorria, teria que fazer um PIX como contrapartida”, explicou a PF. A estimativa da corporação é de que o grupo tenha arrecadado R$ 4 milhões. As vítimas eram de diversos Estados. A Polícia Federal informou ainda que o valor foi rapidamente transferido para contas de pessoas jurídicas, sendo que parte desse dinheiro foi repassado, sem aparente justa causa, a uma empresa que comercializa armas e munições. Segundo a corporação, alguns investigados têm parentesco direto com um cidadão chinês que foi extraditado, do Brasil para a China, no ano de 2019, pela prática de crime de organização, liderança ou participação ativa em organização do tipo “máfia”, extorsão e detenção ilegal de pessoas.
Fonte: Jovem Pan