Um dos alvos da 19ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira. 25, é Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, que é sobrinho de Rogéria Nantes Braga, primeira mulher de Jair Bolsonaro, e primo dos três filhos mais velhos do ex-presidente: o senador Flávio Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (de quem foi assessor) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Leo Índio, que foi alvo de busca e apreensão nesta quarta. Ele participou dos atos do 8 de Janeiro, em Brasília, mas em postagem nas redes sociais ele alegou que não participou das invasões e depredações, tendo ficado do lado de fora dos prédios da Praça dos Três Poderes, onde publicou uma foto com manifestantes golpistas e afirmou ter sido atingido por gás lacrimogêneo. Leonardo já havia sido citado em investigações sobre o financiamento dos atos de 7 de Setembro e por suposto envolvimento no uso de funcionários fantasmas e prática de “rachadinha” nos gabinetes da família Bolsonaro.
A operação da PF tem o objetivo de identificar pessoas que incitaram, participaram e fomentaram os atos do 8 de Janeiro, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições. De acordo com a PF, agentes tem como alvo 12 investigados e cumprem cinco mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo STF. As medidas estão sendo cumpridas em quatro unidades da federação: Mato Grosso (Cuiabá e Cáceres), São Paulo (Santos), Rio de Janeiro (São Gonçalo) e no Distrito Federal (Brasília).
Os investigados poderão responder pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo. Atualmente, a Operação Lesa Pátria é uma iniciativa permanente da PF, ou seja, as investigações continuam em curso, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais cumpridos.
Fonte: Jovem Pan