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"Estratégias de obstrução impedem que decisões de paz sejam tomadas", afirma Mauro Vieira após EUA vetarem resolução

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participou nesta terça-feira, 24, de debate do Conselho de Segurança ONU sobre a questão do Oriente Médio.

Foto: Reprodução internet
Foto: Reprodução internet

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participou nesta terça-feira, 24, de debate do Conselho de Segurança ONU sobre a questão do Oriente Médio. Em sua fala, ele ressaltou que, desde 2016, o Conselho da ONU não tem sido capaz de aprovar uma resolução sobre a situação na região. “Estratégias de obstrução têm impedido que decisões cruciais em matéria de paz e segurança internacional sejam tomadas. Como resultado, a situação no Oriente Médio é, de longe, uma das mais mais frustrantes questões no Conselho de Segurança. Este Conselho deve estar à altura do desafio diante de nós. Nós seremos provavelmente julgados – e condenados – por futuras gerações por nossa inação e complacência. Devemos encontrar maneiras de destravar a ação multilateral. Concentrar-nos nas discordâncias não nos levará na direção de uma tão necessária solução para as trágicas crises humanas em curso”, falou em referência ao veto dos Estados Unidos à resolução de paz.

O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) rejeitou a resolução do Brasil para a guerra no Oriente Médio que acontece desde o dia 7 de outubro. A proposta brasileira teve 12 votos a favor, um contra e duas abstenções, do Reino Unido e da Rússia. Os Estados Unidos foram os responsáveis por vetarem a proposta do Brasil, alegando que no texto não há menção ao direito de Israel se defender. A representação brasileira no conselho tentou costurar um texto que atendesse os membros permanentes. Na resolução, está a "condenação inequívoca" do Hamas por seus ataques a Israel, a libertação "imediata e incondicional" de todos os reféns civis, a revogação da ordem israelense para que civis e funcionários da ONU se desloquem para o sul de Gaza e pausas humanitárias para permitir o acesso à ajuda durante o conflito.

Mauro Vieira voltou a destacar o pedido do governo brasileiro de liberar crianças e reféns. “Os atos de terrorismo contra civis em Israel resultaram em mais de mil vítimas fatais e no sequestro de centenas de pessoas inocentes, incluindo crianças e idosos. Três cidadãos brasileiros foram confirmados entre os mortos, como vítimas dos ataques do Hamas. Essas mortes nos consternam profundamente. Não se pode tolerar atos de terrorismo. A violência gera apenas violência. Quero fazer um apelo em favor de uma imediata e incondicional libertação de reféns civis, em segurança, e especialmente de mulheres e crianças. Atos de terrorismo são hediondos e criminosos, e o direito internacional é claro quanto às formas de responder a eles”, afirmou.

Sua intervenção ainda contou com a colocação de que a escalada da violência em Gaza é inaceitável e preocupantes. Mauro Vieira afirmou que a ajuda humanitária que conseguiu atravessar a fronteira é insuficiente para atender as necessidades da população local. “É desanimador observar a falta de progresso no processo de paz entre palestinos e israelenses. O impasse no processo de paz tem alimentado um perturbador aumento na violência”, declarou. O ministro brasileiro pontuou que a ocupação continuada da Cisjordânia é ilegal e enfraquece as perspectivas de paz e afirmou que o Brasil continuará a promover o diálogo entre os membros e a necessidade de ação por parte do Conselho

“O Presidente Lula instruiu-me a representá-lo na Cúpula da Paz do Cairo, no último sábado, com uma mensagem inequívoca: somar a voz do Brasil à daqueles que apelam pela calma, contenção, e pela paz na região. Apesar das diferentes posições dos Estados lá representados, foi possível construir o consenso em torno de quatro aspectos principais: o fim da violência, a implementação do cessar-fogo, o estabelecimento de corredor humanitário e o pleno endosso à solução de dois Estados. Basta de conflito, de sofrimento e de instabilidade. Precisamos que todos os atores vejam seus próprios interesses através de novas lentes, com perspectivas de largo alcance e de longo prazo. Precisamos de soluções, independentemente de quão difíceis de alcançar elas sejam. Um Oriente Médio pacífico e próspero beneficiará a todos nós”, finalizou.

Fonte: Jovem Pan

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