O primeiro turno das eleições na Argentina, realizado neste domingo, 22, teve comparecimento às urnas de 74% dos eleitores aptos a votar, o que representa cinco pontos percentuais a mais do que o registrado nas primárias de agosto, segundo fontes oficiais. O secretário-geral da Presidência, Julio Vitobello, fez um pronunciamento após o horário de fechamento das seções eleitorais (18h de Buenos Aires e Brasília) no qual informou que ainda havia eleitores em filas, e por isso a porcentagem pode aumentar. As primárias, conhecidas como PASO (primárias obrigatórias simultâneas e obrigatórias), e realizadas em 13 de agosto, foram encerradas com um comparecimento de 69%.
Na ausência de um resultado concreto sobre o aumento ou não do comparecimento dos eleitores, até o momento do pronunciamento de Vitobello o percentual era o mais baixo em uma eleição geral – tanto no primeiro quanto no segundo turno – desde o retorno do país à democracia. Até agora, o número mais baixo havia sido registrado em 2007, quando 76,20% dos eleitores foram às urnas no primeiro turno, no qual Cristina Kirchner se elegeu pela primeira vez como presidente. O maior comparecimento foi em 1983, nas primeiras eleições após a ditadura militar (1976-1983), quando 85,61% foram às urnas – o vencedor foi Raúl Alfonsín.
Cerca de 35,4 milhões de argentinos estavam convocados hoje para eleger presidente e vice, além de renovar 130 das 257 cadeiras da Câmara dos Deputados e 24 das 72 do Senado, além de nomear 43 representantes argentinos para o Parlamento do Mercosul (Parlasur, órgão legislativo do bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai). A Argentina vai ter um segundo turno entre o ministro da Economia, Sergio Massa, da coalizão União pela Pátria, e o candidato de extrema-direita, Javier Milei, do partido A Liberdade Avança. O resultado já era apontado nas pesquisas, porém, o que surpreendeu foi a colocação de Massa, que derrotou o favorito das eleições. O segundo turno está marcado para 19 de novembro
Fonte: Jovem Pan