O Exército de Israel anunciou neste sábado, 21, que está intensificando os planos e manobras para realizar uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, com o objetivo de eliminar o grupo islâmico palestino Hamas, autor dos atentados terroristas de 7 de outubro contra Israel, que mataram 1.400 pessoas e mantém 210 de reféns, segundo o último balando. “A partir de hoje intensificaremos os bombardeios”, informou o general Daniel Hagari, porta-voz do Exército de Israel. “Nos últimos dias, foram aprovados planos para expandir as atividades operacionais” e as unidades das Forças de Defesa de Israel, “tanto regulares como de reserva, estão mobilizadas no terreno e realizando exercícios de treino, de acordo com os planos operacionais aprovados”, segundo um comunicado do Exército.
As unidades blindadas e as forças de infantaria já se encontram no terreno, enquanto a força aérea continua bombardeando alvos do Hamas na Faixa de Gaza, em especial na metade norte do enclave. Até o momento, mais de um milhão de pessoas já abandonaram o norte de Gaza em direção ao sul, tal como solicitado pelo Exército israelense, que, pelo menos aos olhos do público, está enviando a mensagem de que tenta minimizar o risco de vítimas civis, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas). A organização também informou que 1,6 milhão de habitantes continuam necessitando urgentemente de apoio humanitário em Gaza. Neste sábado, um primeiro comboio de ajuda humanitária, cerca de 20 caminhões, entrou no enclave palestino por meio da fronteira de Rafah, entre Egito e a Faixa de Gaza, onde centenas de milhares de pessoas precisam desesperadamente de suprimentos básicos.
“Com grande parte das infraestruturas em Gaza danificadas ou destruídas após duas semanas de bombardeios constantes, que afetaram abrigos, instalações de saúde, eletricidade, água e sistemas de esgotos, o tempo está passando”, alertaram as agências da ONU, que também informou que embora a ajuda entregue neste sábado em 20 caminhões “vá aliviar as necessidades críticas de centenas de milhares de civis, principalmente mulheres e crianças”, é “apenas um pequeno começo”, afirmaram a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Programa Mundial de Alimentos (PMA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), entre outros, em declaração conjunta. A ONU voltou a pedir neste sábado um cessar-fogo humanitário. Os bombardeios em retaliação lançados por Israel contra este enclave palestino levaram à morte de pelo menos 4.469 pessoas, das quais mais de 70% são menores de idade, mulheres e idosos, enquanto mais de 14 mil ficaram feridas pelos ataques aéreos, segundo um novo balanço do Ministério da Saúde do Hamas, que controla este território desde 2007.
*Com informações das agências internacionais
Fonte: Jovem Pan