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Alagoas

BPA intensifica ações contra crimes ambientais em feiras

Números do batalhão impressionam, já que, por ano, são mais de 20 mil resgates de animais em AL

Militares atuam tanto na capital como no interior no resgate dos animais; população pode denunciar os crimes ambientais
Militares atuam tanto na capital como no interior no resgate dos animais; população pode denunciar os crimes ambientais

Com o apoio do Comando da Polícia Militar de Alagoas, o Batalhão Ambiental tem realizado importantes operações de fiscalização e apreensão de animais silvestres. Tanto na capital, quanto no interior, os militares especializados em meio ambiente têm feito a diferença quando o assunto é a preservação ambiental. Os números impressionam, já que, por ano, são mais de 20 mil resgates de animais em cativeiro e feiras, muitos deles até feridos. Somente no último final de semana, na Feirinha do Tabuleiro, foram apreendidos 112 pássaros que seriam comercializados.

Segundo o batalhão, foram apreendidas 20 espécies diferentes de pássaros, dentre elas papagaio, papa-capim, sanhaço, sabiá, galo-de-campina. A ação que fechou todos os acessos ao local foi uma demonstração de como o planejamento pode surpreender os criminosos. O capitão Djalma Sanches explica que a atuação vai muito além das feiras livres, mas estas estão sempre no roteiro, já que há ainda quem insista em comercializar pássaros e outros animais.

"A operação Pássaro Livre vai continuar em feiras livres da capital e do interior. Faz parte do nosso trabalho garantir a preservação do meio ambiente e o comércio e captura destes animais é crime, assim como criar pássaros, tatus e outros que costumamos encontrar. Vale lembrar que aqui no Estado, o pássaro Curió, por exemplo, está quase extinto por conta de sua captura ilegal e comércio clandestino", revelou o capitão.

Nessas operações, os militares também buscam a presença de armas, tanto na capital como também no interior. Inclusive, por conta destas incursões o recordista em apreensão de armas de fogo para a caça é o sargento Rosival que integra o BPA. Nos últimos dois anos, ele consegue apreender mais armas que o Bope e a Rádio Patrulha. Além desta ação, o BPA também faz a "Operação Onda Verde" que fiscaliza locais e áreas degradadas, além de atuar contra a pesca predatória na região do Complexo Lagunar Mundaú-Manguaba. As Áreas de Proteção Ambiental (APAs) também estão sempre no roteiro dos militares que não exitam em fazer autuações e notificações.

"Temos esse cuidado em fiscalizar com nosso pelotão aquático o estuário Manguaba e Mundaú. Observamos tudo desde a ocupação irregular e a caça predatória. É importante destacar que essas áreas são um berçário de reprodução e não pode haver pesca ou caça. Para isso, o BPA tem todo um policiamento especializado capacitado na área ambiental, como o pelotão de educação ambiental para as escolas focando nas crianças", completou o capitão Sanches.

Localizado na APA do Catolé, os militares começam o dia cuidando da própria casa. Isto porque é lá que está o reservatório de água cercado de mata que abastece a uma boa parte da capital Maceió.

SERVIÇO

O BPA também está permanentemente de prontidão para atender a população para a captura de animais silvestres em residências. Na lista de resgates estão cobras, jacarés, tatus entre outros. Para acionar é só ligar 181, 190 ou ainda pelo Zap Verde 9 8833 5879. Os contatos servem também para a denúncia de animais mantidos em cativeiro. Conforme lembrou o capitão Sanches no caso das denúncias podem ser feitas de forma anônima e que todo o trabalho ocorrerá em conformidade com a legislação ambiental.

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