A guerra no Oriente Médio chegou ao 11º dia nesta terça-feira, 17, e já deixou mais de 4.200 mortos. Até o momento, 62 países declararam apoio a Israel e 13 ao grupo terrorista Hamas. Outros 34 países são a favor da redução da escalada militar. Duas grandes potências nucleares estão em lados opostos. Estados Unidos apoiam os israelenses e o Irã defende o grupo palestino com ajuda do Líbano. Nesta segunda-feira, 16, o presidente americano Joe Biden disse que o grupo xiita libanês Hezbollah e o Irã não devem entrar na guerra. Biden ressaltou que os iranianos apoiam constantemente o Hamas e o Hezbollah, mas que até agora não há evidências de que o Irã tenha participado dos ataques. Paulo Velasco, professor de relações internacionais da Universidade do Rio de Janeiro (URJ), explica que os EUA enxergam Israel com direito e dever de se defender. Inclusive, os americanos enviaram o maior porta-aviões e devem ampliar a ajuda militar em Tel Aviv, em Israel. “Existe uma aliança importante do ponto de vista político, militar e histórico. Os EUA são o grande fornecedor de armas para Israel e tem uma cooperação militar muito grande, inclusive, financiando parte da indústria de defesa de Israel”, comentou o especialista. Já o Irã alertou Israel para que não ataque o país. Um representante iraniano na ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou que o país não irá se envolver na guerra desde que o exército israelense não ataque o Irã. Para Paulo Velasco, tanto Israel quanto Irã são desafetos desde a Revolução Xiita em 1979. “O Irã apoia de maneira muito decidida o Hezbollah, do Líbano, que travou uma guerra com Israel em 2006. Além disso, dá apoio financeiro e logístico ao Hamas. Inclusive, acreditam que essa grande ofensiva contra os israelenses teve apoio muito decidido do Irã”, comentou.
Outro país que também costuma a ficar do lado oposto dos Estados Unidos é a Rússia. O presidente Vladimir Putin disse que o conflito é um fracasso da política americana e que desrespeita as decisões do Conselho de Segurança da ONU. De acordo com Paulo Velasco, assim como o Brasil, a Rússia é cuidadosa neste momento e não denomina o Hamas como terrorista. “A Rússia mantém uma relação importante com Israel. Não é uma relação ruim historicamente”, disse. Enquanto o mundo observa a guerra na Faixa de Gaza, Putin aproveita para avançar com as tropas e ganhar territórios na Ucrânia.
*Com informações do repórter Victor Moraes.
Fonte: Jovem Pan