O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parabenizou, nesta segunda-feira, 16, o empresário Daniel Noboa por sua vitória nas eleições do Equador. “Meus desejos de saúde e sucesso no seu futuro mandato. Expresso minha disposição de seguir trabalhando pelo bem-estar dos nossos povos, tradicionalmente amigos, de aprofundar as relações bilaterais e de atuar pelo desenvolvimento da América do Sul”, escreveu o presidente em seu perfil no X (antigo Twitter). Noboa se tornou, aos 35 anos, o presidente eleito mais jovem na história do país, assolado pela violência do narcotráfico. Herdeiro de um império do setor bananeiro, Noboa recebeu 52% dos votos, superando Luisa González (48%), apoiada pelo ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017). O resultado foi um dos piores reveses do correísmo, que perdeu pela segunda vez consecutiva uma eleição presidencial após anos de popularidade.
Os equatorianos escolheram seu chefe de Estado sob um clima de medo, devido à violência provocada por diversos grupos do narcotráfico com alcance internacional. Dias antes do primeiro turno das eleições, Fernando Villavicencio, um dos candidatos à presidência, foi assassinado quando saia de um comício. Os suspeito de terem realizado o atendado foram presos e, no começo de outubro, encontrados mortos na cadeia. Só neste ano, cerca de 3.600 pessoas já foram mortas, de acordo com o Observatório Equatoriano do Crime Organizado. Deste total, oito eram políticos.
Noboa toma posse em dezembro para cumprir o resto do mandato de Guillermo Lasso, que dissolveu o Congresso e desencadeou em eleições antecipadas. Ele vai governar até maio de 2025. A lei equatoriana permite que o vencedor se candidate nas próximas eleições (2025-2029) e também se concorra à reeleição (2029-2033). Em uma nação onde a reeleição é permitida apenas uma vez, abre-se uma possibilidade incomum de estender o mandato — algo que moldará o estilo do próximo governo. Isso porque o vencedor ficará praticamente o tempo todo em campanha, se promovendo para chegar a 2025.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan