O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou separadamente por telefone neste sábado, 14, com Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, e Abdel Fattah al-Sisi, presidente do Egito, para tentar acelerar a saída de 28 brasileiros que estão na Faixa de Gaza aguardando repatriação. O grupo está hospedado perto da fronteira com a cidade egípica de Rafah, em uma casa que o governo brasileiro definiu como “provisória, simples, aberta e com um mínimo de conforto e segurança”. Uma aeronave cedida pela Presidência da República está em Roma aguardando os brasileiros atravessarem a fronteira para buscá-los em North Sinai, no Egito. No entanto, a travessia precisa do aval das autoridades palestinas, egípcias e israelenses. Lula disse a Sisi que assim que os 28 cruzarem a passagem de Rafah, serão acompanhados pelo embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto, até o Aeroporto de Arish, onde embarcarão imediatamente.
O presidente aproveitou a conversa para tratar de outros temas relacionados à guerra entre Israel e Hamas. Com Sisi, enfatizou a importância de serem implementados corredores humanitários, uma demanda do Brasil na reunião emergencial de ontem na ONU (Organização das Nações Unidas). Ambos concordaram com a urgência em se permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Lula prometeu enviar kits de medicamentos, entre outros itens. Já no telefonema a Abbas, o petista lembrou que o Brasil reconhece o Estado palestino. Além disso, condenou os ataques terroristas do Hamas — na nota divulgada pelo governo federal, o nome do grupo não foi citado — e, ao enfatizar a importância da libertação dos reféns, disse que “os inocentes em Gaza não podem pagar o preço da insanidade daqueles que querem a guerra”. Por fim, o chefe do Executivo brasileiro se dispôs a ajudar na busca pela paz na região. Vale lembrar que o Brasil ocupa a presidência transitória no Conselho de Segurança da ONU.
Fonte: Jovem Pan