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Guerra

Alagoana que precisou se esconder em bunker relata momentos de tensão em Israel

Vanuza (de roupa preta) em registro com equipe da FAB Vanuza (de roupa preta) em registro com equipe da FAB | Foto: Cortesia ao TNH1
Vanuza (de roupa preta) em registro com equipe da FAB Vanuza (de roupa preta) em registro com equipe da FAB | Foto: Cortesia ao TNH1

"Sem ninguém esperar, surgiu um segurança ao nosso lado, armado, falando para todos irem para o canto e deitar no chão. Logo em seguida, mudou o comando, mandou que corrêssemos em direção a uma escada de emergência que dava acesso ao bunker do aeroporto. Todos os que já estavam nesse andar, deixando as malas, correram para poder chegar ao abrigo. Para mim, esse foi o pior momento".

A narrativa - momentos que ela não esperava passar em uma viagem de turismo - é da alagoana Vanuza Nicacio do Nascimento, servidora pública, que ainda está no Rio de Janeiro, de onde enviou mensagem à reportagem do TNH1 pouco antes das 4 horas da manhã desta quinta-feira, quando havia acabado de desembarcar, depois de uma via crúcis junto com mais 7 maceioenses e outras pessoas de estados vizinhos. Uma viagem de turismo religioso à Israel, que deveria durar até o próximo sábado, 14, mas que acabou interrompida pelo conflito iniciado no último dia 7, quando a chamada "Terra Santa" foi bombardeada pelo grupo militante islâmico Hamas.

Ela e os demais alagoanos conseguiram sair da área do conflito na segunda aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) de Israel para o Rio de Janeiro. A vinda para Maceió será em um avião da companhia aérea Azul, em parceria com o governo brasileiro. A previsão de chegada é às 18 horas de hoje. Abaixo um registro dos oito alagoanos momentos antes de embarcar com destino a Maceió.

Vanuza relatou a angústia de cada um desses dias em terras israelenses, quando o grupo viveu momentos que, até então, só haviam visto nos noticiários de guerra. "O alerta do hotel tocou, no período que estivemos lá, por duas vezes. Uma vez na segunda-feira , no final da tarde. A outra vez, foi no inicio da noite da terça-feira (horário do jantar).Em Jerusalém, a informação que foi passada foi de que, quando o alarme toca, temos um tempo de 1 min e 30s para entrar em um abrigo", conta.

O vídeo abaixo, repassado por Vanuza à reportagem, mostra a imagem do percurso pela escada do aeroporto de Tel Aviv, até chegar ao bunker. "Não tenho imagens das pessoas no chão. Acredito que ninguém fez", conta a alagoana. Nas imagens, é possível perceber a apreensão das pessoas enquanto caminham em direção ao bunker, espécie de abrigo fortificado para fugir de bombardeios em áreas de guerra.

O grupo de turistas ainda chegou a conhecer o bunker do Hotel Hamada, em Jerusalém, onde estavam hospedados. "Durante nossa permanência em Israel, mesmo dentro do hotel, ficávamos sempre com as mochilas, com o básico para emergência", conta Vanuza. Veja:

"Passamos a fronteira do Egito para Israel na domingo, dia 08. Chegamos em Jerusalém no final da tarde, e fomos para o hotel. Recebemos a informação de que todos os passeios seriam cancelados, principalmente os que ocorreriam em lugares abertos Na sexta-feira, conseguimos sair, visitamos o muro [das Lamentações]. Havia a recomendação era pra que ninguém saísse, existia um alerta de disparos de mísseis em direção à Jerusalém", conta Vanuza, torcendo por uma saída pacífica do conflito.

Grupo de brasileiros em visita ao Muro das Lamentações: turismo interrompido por conflito (Foto: Cortesia ao TNH1)

"Graças a Deus, fomos guardados, chegamos em paz. Pedimos a Deus que cuide dos que ficaram por lá. Intercedemos, também, pelo fim dessa guerra , sabemos que nessa situação todos são perdedores".

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