O PIB do agronegócio brasileiro deve ultrapassar R$ 2,6 trilhões em 2023. A projeção é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea-USP) , em parceria com a Federação Nacional da Agricultura, aponta que o setor deve responder por 24,4% do PIB Nacional. O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, avalia que ainda há um expressivo potencial de crescimento nessa ramo de atividade. “Há uma demanda global que nos dá uma condição excepcional e elação ao futuro. Isso tem que ser aproveitado com uma estratégia para o país. Logística e infraestrutura, política de renda, câmbio, seguro rural, renda na atividade produtiva e acordo comerciais que garantem o mercado”, disse. João Doria, ex-governador de São Paulo, acrescenta que o Brasil tem responsabilidade a mais para garantia de segurança alimentar do planeta. “Muito em breve será líder mundial sustentabilidade da chamada segurança alimentar. Isso é um privilégio para um país com dimensão continental que tem o Brasil e com milhões de pessoas que no campo produzem para atender alimentação e essa segurança alimentar de todo o planeta”, afirma.
A área tem sido impulsionada pelo desempenho da pecuária, safra de recorde de grãos e aumento exportações fatores que reforçam a importância do agronegócio como pilar da economia do país. A presidenta da Embrapa, Silvia Masrruhuá, destaca que é imprescindível o investimento em pesquisa agropecuária para o Brasil seguir entre os maiores do mercado mundial. “Foi importante o fortalecimento de todo o sistema de pesquisa agropecuária”, disse. Francisco Matturro, presidente da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag), reforça que haja investimento na melhoria das estradas para melhorar a logística e melhorar a vida de quem mora trabalha no campo. “Para ter noção de proporção, São Paulo tem 162 mil quilômetro de estradas rurais, evidentemente, não pavimentadas”. O Brasil avançou ao topo do agronegócio mundial devido aos avanços em tecnologia. O país se mantém atualizado, mas o entendimento é de que há muito o que fazer. “Vamos ter maquinários conectados a GPS, internet, aplicação de agrotóxicos através de drones, que gera precisão e menos desperdício. Vamos ter uma rastreabilidade melhor dos produtos e aumentará a produção. Vai melhorar a performance dos nosso produtores”, pontuou o secretário de Agricultura de São Paulo, Guilherme Filizzola. Para os agentes do setor, além do fomento à pesquisa e novas tecnologias é necessário que haja o incremento do acesso ao crédito.
*Com informações do repórter Daniel Lian
Fonte: Jovem Pan