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Alagoas

Conter surto de meningite em Alagoas "depende de maiores evidências", dizem especialistas

MPF/AL / Foto: Assessoria
MPF/AL / Foto: Assessoria

Durante uma reunião na última segunda-feira (18), Ministério Público Federal, os especialistas da Sesau e da Secretaria Municipal de Saúde compartilharam do posicionamento do Ministério da Saúde que a eficácia da incorporação, na rede pública, da vacina contra meningite do tipo B como medida emergencial para conter a eficácia do surto em Alagoas depende de maiores evidências.

Os técnicos consideram ainda que o aumento no número de casos de meningite em Alagoas pode decorrer da melhoria da capacidade diagnóstica dos serviços de saúde, embora reconheçam que o padrão de incidência da doença meningocócica no Estado é preocupante e não apresentaram exemplos de um perfil epidemiológico semelhante, na atualidade, em outros estados do País.

O Município relatou que, na reunião com o Ministério da Saúde, ficou assentada a posição da União de que a vacinação não seria a medida mais adequada para conter o surto da doença. Destacou-se que São Paulo, por exemplo, teve um surto recente e não houve movimento no sentido de viabilizar vacina.

Seguiu afirmando que o trabalho segue dois pilares principais: a capacitação dos profissionais de saúde e a conscientização das famílias para que, no primeiro sintoma da doença, procurem as UPA´s para iniciar imediatamente a medicação (48 horas), inclusive, em todos os que tiveram contato com o paciente (quimioprofilaxia).

De toda forma, há uma concordância geral dos especialistas no sentido de que as medidas planejadas por Estado e município, como a adoção de fluxos específicos para o tratamento de casos suspeitos, a quimioprofilaxia e a conscientização da população sobre a importância da manutenção das vacinas infantis em dia são capazes de manter o aumento do número de casos de meningite sob controle.

De acordo com a ata da reunião que o Cada Minuto teve acesso, explanou-se que, para inserir a vacina na calendário, seria necessário saber exatamente o tipo que está circulando e que essa análise não poderia ficar restrita à Alagoas. O estudo concentrado apenas no Estado não serviria para escolher uma vacina, por exemplo.

Esclareceu-se que uma das dificuldades para a avaliação genômica é o fato do tratamento ser iniciado imediatamente após a suspeita, o que muitas vezes inviabiliza a cultura. No entanto, faz-se necessário aprofundar essa análise e, por isso, foi solicitado um estudo dos casos positivos, independente de ter o patógeno isolado. Hoje a quantidade de material genético retirado aqui em Alagoas suficiente para o estudo genômico.

Afirmou-se também que hoje a rede pública tem disponível vacinas para os 4 tipo de meningite, exceto o tipo B (que é oferecida apenas na rede privada). Frisou-se que, nesses casos notificados, foi verificado um "escape" da vacina (casos em que tomou a vacina que não cobria o tipo específico ou não completou o ciclo vacinal). Aduz que seria um comportamento normal no micro organismo, visto que sempre que há vacinação para um tipo, outro começa a prevalecer, ocupando o nicho deixado.

O MPF informou que notificará o Ministério da Saúde sobre a necessidade de disponibilizar informações em tempo real sobre a vacinação, fornecer insumos para o Lacen e apresentar o relatório final da investigação atual do surto, que foi apresentado na sexta-feira (15).



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