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Alagoas

CPI da Braskem deve revelar quais políticos receberam grana da empresa em Alagoas

Sede da Braskem / Foto: Maciel Rufino - Arquivo / Cada Minuto
Sede da Braskem / Foto: Maciel Rufino - Arquivo / Cada Minuto

A ótima iniciativa do senador Renan Calheiros com a possível criação da CPI da Braskem – ele já conseguiu as assinaturas – pode se transformar num grande momento político para os alagoanos e nos abre a possibilidade de conhecer um segredo que há de estar bem guardado - eu diria, escondido debaixo da terra.

Trata-se do financiamento de campanhas eleitorais em Alagoas pela Salgema/Braskem (e Odebrecht), o que de muito ajudou a empresa a se manter protegida contra investigações e ações governamentais em proteção à população, esta a grande vítima da tragédia anunciada – de todo e qualquer governo que passou por aqui nas últimas décadas.

Para arrematar, deve apurar a fundo as negociações da prefeitura de Maceió com a mineradora, resultando no acordo de indenização milionário.

Claro, para que tudo seja passado a limpo, é indispensável trazer a público as ações do próprio senador Renan Calheiros quando foi presidente da Salgema, entre 1993 e 1994, período em que ele ressurgiu na política alagoana – e nacional -, após enfrentar uma draga sem igual, bastante conhecida nos meios políticos e empresariais locais.

Eis o quanto pode ser importante a CPI que está na iminência de ser criada.

Se ela for mesmo para valer, finalmente estaremos a alguns passos de desvendar uma parte bastante obscura da história política alagoana .

Saber de onde veio o dinheiro das campanhas é, também, entender como chegamos aqui, à beira da tragédia com a Braskem.

Que venha a CPI sem amarras e sem dribles na verdade.

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