O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira, 11, a saída da juíza responsável pelo caso no qual ele é acusado de interferir nas eleições de 2020. No documento, os advogados do republicano alegam que a magistrada Tanya Chutkan deveria se afastar do processo por causa de declarações que fez no passado sobre o ex-presidente e que demonstram sua parcialidade. “Em relação a outros casos, a juíza sugeriu que o presidente Trump deveria ser processado e preso”, disseram. “Tais declarações, feitas antes da abertura deste caso e sem o devido processo, são inerentemente desabonadoras. Embora possa ter a genuína intenção de dar ao presidente Trump um julgamento justo […], suas declarações públicas inevitavelmente mancham estes procedimentos, independentemente do resultado”, acrescentaram. Juristas consideraram improvável que o pedido seja aceito, já que caberia à própria Chutkan aceitar voluntariamente o seu afastamento do caso.
No mês passado, Chutkan marcou para 4 de março de 2024 o início do julgamento de Trump por suspeita de interferir nos resultados das eleições presidenciais de 2020, nas quais ele foi derrotado pelo democrata Joe Biden. Favorito para conseguir a indicação presidencial republicana em 2024, Trump declarou-se inocente das acusações. Em seu pedido para afastamento da magistrada, os advogados de Trump citaram os comentários proferidos por ela em sentenças contra manifestantes acusados de invadir o Capitólio em janeiro de 2021. Na decisão de outubro de 2022 contra uma mulher por sua participação no ataque, Chutkan descreveu a ação no Capitólio como “uma tentativa violenta de derrubar o governo”.
*Com informações da AFP.
Fonte: Jovem Pan